Faixa-preta dá a 'volta pro cima' como master para brilhar no Jiu-Jitsu

"Competir me mantém vivo". A frase de Anderson Cyborg, faixa-preta da equipe Fratres JJ, mostra bem o que o Jiu-Jitsu representa na vida do atleta, que após ter uma carreira aquém do esperado no adulto, vem conquistando ótimos resultados no master.

Campeão do ranking meio-pesado da IBJJF no master 2 na última temporada, o veterano segue faturando medalhas em 2023, e animado com o crescimento constante da classe, citou sua motivação para seguir competindo.

"O crescimento do master fala por si só. Os números de competidores de todas as confederações está em torno de 40% a mais que os adultos. E sem dúvida, sem os masters não haveria retorno financeiro para as confederações, que têm um custo muito alto para realizar uma competição", comentou Anderson Cyborg, que continuou:

"A competição sempre nos mantêm vivo e nunca devemos parar de competir, não só no Jiu-Jitsu, mas na vida. Já a minha motivação é que nunca tive muito sucesso de adulto e sempre via meus amigos ganhando, mas eu perdia. Ficava muito chateado, e o Leandro Lo sempre dizia que eu iria ser um bom competidor master. Pois foi isso que aconteceu e a chave virou".

Responsável pelos treinos masters da Fratres JJ, o faixa-preta exaltou a crescente procura, os resultados da equipe nos campeonatos e, por fim, opinou sobre o que ainda pode melhorar para a classe master ter o seu devido valor.

"Acredito que dá para melhorar muito essa valorização, igualar ou chegar perto das remunerações - e mídias - que cobrem o adulto. Já pensou em lendas do Jiu-Jitsu competindo até hoje? Isso poderia ser possível e todos iríamos ganhar", encerrou o professor.