Publicado 06/09/2025 10:00
Anderson Silva está prestes a ser o maior beneficiado no acordo judicial do processo antitruste movido contra o UFC. De acordo com informações divulgadas pelo jornalista John S. Nash por meio das redes sociais, o ex-campeão dos médios deve receber cerca de US$ 10,33 milhões — aproximadamente R$ 56,1 milhões na cotação atual — como parte da compensação destinada a 1.067 lutadores incluídos na ação coletiva.
A disputa judicial, que se arrastava desde 2014, foi encerrada com um acordo no valor de US$ 375 milhões, aprovado em fevereiro de 2025 pelo juiz federal Richard Boulware. Desse montante, US$ 126 milhões foram destinados ao pagamento de honorários advocatícios, enquanto os US$ 251 milhões restantes serão divididos entre os atletas elegíveis.
PublicidadeA disputa judicial, que se arrastava desde 2014, foi encerrada com um acordo no valor de US$ 375 milhões, aprovado em fevereiro de 2025 pelo juiz federal Richard Boulware. Desse montante, US$ 126 milhões foram destinados ao pagamento de honorários advocatícios, enquanto os US$ 251 milhões restantes serão divididos entre os atletas elegíveis.
Spider está entre os mais bem indenizados
Por ter competido no UFC entre dezembro de 2010 e junho de 2017 — período coberto pelo processo —, Anderson Silva foi incluído automaticamente como “class member”, não sendo necessário solicitar individualmente sua parte. Agora, o brasileiro tem a opção de aceitar ou recusar o pagamento.
Enquanto Anderson Silva receberá uma das maiores fatias, o menor valor registrado nos documentos judiciais foi de US$ 16.138,45 (cerca de R$ 87,5 mil). Em média, os lutadores devem receber aproximadamente US$ 250 mil cada, com cerca de 35 atletas ultrapassando a marca de US$ 1 milhão.
As acusações contra o UFC
A ação coletiva alegava que, entre 2010 e 2017, o UFC — então controlado pela Zuffa LLC (hoje parte do TKO Holdings Group) — teria adotado práticas anticompetitivas que prejudicaram a remuneração e limitaram as oportunidades de lutadores. Entre as acusações, estavam:
- Contratos exclusivos com cláusulas restritivas;
- Ameaças de represálias a atletas que buscassem lutar por outras organizações;
- Aquisição de concorrentes como PRIDE, WEC e Strikeforce para centralizar o mercado.
Com essas práticas, a organização teria monopolizado o cenário do MMA e reduzido a liberdade de negociação dos atletas.
Impacto no cenário do MMA
O acordo histórico pode representar um marco para a relação entre lutadores e promotoras. A indenização milionária beneficia nomes importantes como Anderson Silva, mas também atletas de menor expressão que competiram durante o período, garantindo uma compensação financeira por anos de restrições contratuais.
Além disso, a decisão pode abrir precedentes para novas ações coletivas envolvendo organizações de MMA, ampliando a discussão sobre direitos trabalhistas, remuneração justa e liberdade contratual dentro do esporte.
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