Ministro francês alerta sobre casos de espionagem e veta mil pessoas dos Jogos Olímpicos

O ministro do Interior da França, Gérald Darmanin, afirmou que aproximadamente mil pessoas foram barradas dos Jogos Olímpicos de Paris-2024 por suspeita de espionagem. Anteriormente, ele já havia divulgado que algumas credenciais foram negadas, principalmente envolvendo jornalistas da Rússia e de Belarus, país aliado de Moscou.

"Estamos aqui para garantir que o esporte não seja usado para espionagem, para ataques cibernéticos ou para criticar e às vezes até mentir sobre a França e os franceses. Há mil pessoas que suspeitamos de interferência estrangeira, o que chamamos de espionagem", disse Darmanin, que revelou que um total de 5 mil pessoas foram barradas da Olimpíada.

"Não achamos uma boa ideia que essas pessoas fossem administradores de estádios, voluntários ou que acompanhassem equipes esportivas. De 1 milhão de pessoas, 5 mil não é muito, e isso mostra o trabalho profundo do Ministério do Interior. Estamos em alerta e queremos que saibam que não somos ingênuos", declarou.

O ministro, que havia prometido vigilância 24 horas à delegação de Israel, revelou também que dará uma atenção especial para a equipe ucraniana, que, segundo ele, está "sob ameaça considerável".

Paris está mobilizando 35 mil policiais por dia para a Olimpíada, que terá início nesta sexta-feira e terminará no dia 11 de agosto. A força policial estará reforçada com mais 10 mil integrantes na abertura dos Jogos, sem contar os soldados que participarão de operações de seguranças por toda capital francesa.

A França recebeu também ajuda de outros 40 países, que disponibilizaram ao menos 2 mil policiais para ajudar na segurança da Olimpíada.