Rebeca Andrade, Jade Barbosa, Lorrane Oliveira, Flávia Saraiva e Júlia Soares conquistaram o bronze por equipes em ParisGabriel Bouys / AFP
Publicado 30/07/2024 15:25 | Atualizado 30/07/2024 16:21
França - O Brasil fez história na ginástica artística na Olimpíada de Paris. Na tarde desta terça-feira (30), Rebeca Andrade, Jade Barbosa, Lorrane Oliveira, Flávia Saraiva e Julia Soares conquistaram a medalha de bronze inédita na disputa por equipes, com um somatório de 164.497. Os Estados Unidos ficaram com o ouro, com 165.494, e a Itália com a prata, com 164.497.
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A medalha das mulheres da ginástica é a quarta conquistada pelo Brasil nos Jogos de Paris. Antes, o país foi ao pódio com a prata de Willian Lima e o bronze de Larissa Pimenta, no judô, e o terceiro lugar de Rayssa Leal, no skate.

Assimétricas

O Brasil iniciou sua caminhada na final se apresentando nas assimétricas. Lorrane Oliveira foi a primeira a competir e conseguiu se sair bem na série, realizando bem as passagens e os movimentos carpados, mas não cravou a saída, o que prejudicou sua nota. Ela recebeu 13.000 e não ficou satisfeita.
Na sequência, foi a vez de Flávia Saraiva. Apesar do susto de ter cortado o supercílio no aquecimento, minutos antes do início da competição, ela conseguiu manter o foco, mas teve pequenos desequilíbrios que custaram caro. A nota foi de 13.666.
Flávia Saraiva durante apresentação na trave. Ela competiu com curativo após se machucar no aquecimento - Gabriel Bouys / AFP
Flávia Saraiva durante apresentação na trave. Ela competiu com curativo após se machucar no aquecimentoGabriel Bouys / AFP
Rebeca Andrade foi a responsável por fechar o aparelho. A estrela da equipe brilhou e conseguiu fazer uma excelente apresentação, com excelentes trocas entre as barras, carpado e pirueta quase perfeitos e tsukahara na saída. Os juízes a agraciaram com um 14.533.

Trave

Na trave, Julia Soares abriu os trabalhos para o time brasileiro. A caçula da equipe iniciou bem sua apresentação, mas sofreu uma queda que comprometeu a nota final e somou apenas 12.400. Depois, foi a vez de Flávia Saraiva. Apesar da bela série, a brasileira sofreu um grande desequilíbrio que, apesar dela ter se mantido em cima da trave, pesou na avaliação e lhe rendeu um 13.444.
Julia Soares sofreu queda na trave durante final por equipesGabriel Bouys / AFP
Mais uma vez, Rebeca foi quem encerrou a participação brasileira. A ginasta apresentou uma série de grande dificuldade, com movimentos bem feitos, mas, assim como Flavinha, também sofreu um grande desequilíbrio na trave. A nota da brasileira foi de 14.133.

Solo

Na disputa do solo, o Brasil teve a chance de iniciar uma reação para se manter vivo na briga por medalha. Julia Soares deu a largada e teve uma ótima apresentação ao som de Raça Negra, encaixando mortais dificílimos. No entanto, a nota veio abaixo do esperado: 13.233.
Segunda a se apresentar no solo, Flávia Saraiva teve alguns desequilíbrios na série, com a altura e os mortais deixando a desejar em alguns momentos, mas com um bom desempenho no geral. A avaliação dos juízes foi de 13.533.
Fechando o aparelho, Rebeca brilhou mais uma vez. Ao som de Baile de Favela, a paulista teve uma apresentação com mortais bem executados e recebeu um 14.200, mantendo o Brasil vivo na briga por medalha para o último aparelho.
Rebeca Andrade liderou o Brasil na conquista da medalha por equipesGabriel Bouys/AFP

Salto

A experiente Jade Barbosa foi a escolhida para abrir a última e decisiva rotação, mas ficou aquém do esperado. A brasileira fez um salto médio e não teve uma boa chegada, pisando fora da marcação, o que lhe rendeu apenas 13.366. Em seguida, Flávia Saraiva fez uma dupla pirueta e deu um salto para frente na aterrisagem. A nota foi de 13.900.
Rebeca Andrade partiu para o último salto com o Brasil ainda vivo na luta pelo bronze. Campeã olímpica no aparelho, a brasileira confirmou as expectativas e fez um grande salto. Com sua nota de 15.100, o Brasil garantiu pontos importantes e terminou na terceira colocação.
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