Grupo entra na Justiça e identifica que votos de sócios mortos foram registrados na AGE do VascoDivulgação
Publicado 12/08/2022 17:49
A Assembleia Geral Extraordinária do último domingo (7), que aprovou a constituição e venda de 70% dos ativos da Vasco SAF, para a 777 Partners, vai ser investigada pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ). Um grupo de três sócios apresentou uma notícia crime, no dia da votação, alegando irregularidades na lista de sócios aptos a participar do pleito.
No ofício da 2ª Promotoria de Justiça, consta que não existe prova definitiva de crime, porém é necessária a investigação e por isso se abriu um inquérito policial. O MPRJ intimou o Vasco a prestar esclarecimentos. O clube emitiu nota no início desta tarde afirmando que apresentou documentos e se colocou à disposição da Justiça.
"O Clube de Regatas Vasco da Gama já prestou informações iniciais ao MPRJ sobre as alegações feitas em juízo por três sócios. O Clube encaminhou documentos e se colocou à inteira disposição do MPRJ para contribuir com o que for necessário para a apuração da denúncia".
O MPRJ solicitou a lista completa dos sócios aptos a votar na AGE, assim como os dados cadastrais e as informações sobre as adesões dos associados em programas de recadastramento e anistia.
"De fato, existem indícios de crimes que demandam investigação e instauração de inquérito policial para apuração da autoria, mas não existe, neste momento, nenhuma prova cabal que coloque em xeque a lisura da próxima votação. A perícia da lista de sócios votantes já foi pleiteada na 33ª Vara Cível da Comarca da Capital (proc. nº 0830848-60.2022.8.19.0001), sendo certo que o Magistrado não concedeu a antecipação de tutela requerida".
Vale destacar que a instauração de inquérito policial não impede o clube de seguir com os trâmites burocráticos para a constituição da SAF e transferência de 70% das ações para a 777 Partners. Na próxima segunda-feira (15), o Conselho Deliberativo se reúne para apresentar e aprovar os membros dos Conselhos de Administração e Fiscal da Vasco SAF, que neste primeiro momento será de 100% das ações pertencentes ao clube.
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