Publicado 05/08/2023 15:44
Rio - O Vasco divulgou nesta sábado (5) um comunicado lamentando a decisão da Justiça de não liberar a presença de mulheres, crianças e pessoas com deficiência em São Januário para a partida contra o Grêmio, neste domingo (6). Na carta, o clube cita práticas elitistas e preconceituosas no processo por conta da localização do estádio.
“Desde que ocorreram os lamentáveis incidentes na partida Vasco x Goiás, em junho passado, o Estádio de São Januário e as comunidades localizadas no seu entorno vem sendo alvo de ataques preconceituosos e elitistas”, diz um trecho do comunicado.
São Januário está interditado desde o dia 23 de junho, data seguinte à derrota por 1 a 0 para o Goiás, que terminou com confusão e confronto dos vascaínos com a polícia. No Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), o Cruz-Maltino foi punido com quatro jogos de portões fechados. A pena termina na partida deste domingo, mas a ação movida pelo Ministério Público no Tribunal de Justiça ainda não tem data para ser julgada.
Veja a nota do Vasco na íntegra:
“Desde que ocorreram os lamentáveis incidentes na partida Vasco x Goiás, em junho passado, o Estádio de São Januário e as comunidades localizadas no seu entorno vem sendo alvo de ataques preconceituosos e elitistas”, diz um trecho do comunicado.
São Januário está interditado desde o dia 23 de junho, data seguinte à derrota por 1 a 0 para o Goiás, que terminou com confusão e confronto dos vascaínos com a polícia. No Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), o Cruz-Maltino foi punido com quatro jogos de portões fechados. A pena termina na partida deste domingo, mas a ação movida pelo Ministério Público no Tribunal de Justiça ainda não tem data para ser julgada.
Veja a nota do Vasco na íntegra:
"O Club de Regatas Vasco da Gama e o Vasco da Gama SAF vêm a público manifestar sua contrariedade com a decisão da Justiça, proferida ontem, 4/8, que mantém o Estádio de São Januário interditado para jogos com público.
Ao não ter sido acatado o recurso de que, ao menos, fosse liberado o acesso de mulheres, crianças e pessoas com deficiência na partida Vasco x Grêmio, a ser disputada neste domingo, o Vasco da Gama encontra-se numa condição inaceitável e sui generis: seu estádio é o primeiro no Brasil a ser impedido de realizar partida nestas características (apenas com mulheres, crianças e pessoas com deficiência) e é hoje o único clube da Série A com estádio liberado pela Justiça Desportiva e interditado pela Justiça Estadual, sem prazo para reabertura, mesmo com incidentes mais graves tendo sido registrados em outras praças esportivas.
Desde que ocorreram os lamentáveis incidentes na partida Vasco x Goiás, em junho passado, o Estádio de São Januário e as comunidades localizadas no seu entorno vem sendo alvo de ataques preconceituosos e elitistas. Nosso estádio está sim, e com muito orgulho, localizado na Barreira do Vasco e próximo do Morro do Tuiutí e da comunidade do Arará e isso não gera violência ou traz insegurança para o público. Ao contrário, é notório que a Barreira do Vasco oferece o melhor e mais autêntico pré-jogo do Brasil, que atrai torcedores de todo o país.
Ao longo de sua quase centenária história, São Januário recebeu os mais importantes jogos do futebol brasileiro e sul-americano. Seu histórico de incidentes é igual ou menor que o da maioria dos estádios brasileiros. O último registro grave havia ocorrido em 2017, há mais de 6 anos. Querer manter fechado um dos mais tradicionais estádios do país, que dispõe de todas as licenças e autorizações exigidas pelo Poder Público, de laudos favoráveis de especialistas de notório saber, e conta com todos os dispositivos necessários para garantir a segurança de seus frequentadores, merece o repúdio de todos os desportistas e da sociedade.
Ao não ter sido acatado o recurso de que, ao menos, fosse liberado o acesso de mulheres, crianças e pessoas com deficiência na partida Vasco x Grêmio, a ser disputada neste domingo, o Vasco da Gama encontra-se numa condição inaceitável e sui generis: seu estádio é o primeiro no Brasil a ser impedido de realizar partida nestas características (apenas com mulheres, crianças e pessoas com deficiência) e é hoje o único clube da Série A com estádio liberado pela Justiça Desportiva e interditado pela Justiça Estadual, sem prazo para reabertura, mesmo com incidentes mais graves tendo sido registrados em outras praças esportivas.
Desde que ocorreram os lamentáveis incidentes na partida Vasco x Goiás, em junho passado, o Estádio de São Januário e as comunidades localizadas no seu entorno vem sendo alvo de ataques preconceituosos e elitistas. Nosso estádio está sim, e com muito orgulho, localizado na Barreira do Vasco e próximo do Morro do Tuiutí e da comunidade do Arará e isso não gera violência ou traz insegurança para o público. Ao contrário, é notório que a Barreira do Vasco oferece o melhor e mais autêntico pré-jogo do Brasil, que atrai torcedores de todo o país.
Ao longo de sua quase centenária história, São Januário recebeu os mais importantes jogos do futebol brasileiro e sul-americano. Seu histórico de incidentes é igual ou menor que o da maioria dos estádios brasileiros. O último registro grave havia ocorrido em 2017, há mais de 6 anos. Querer manter fechado um dos mais tradicionais estádios do país, que dispõe de todas as licenças e autorizações exigidas pelo Poder Público, de laudos favoráveis de especialistas de notório saber, e conta com todos os dispositivos necessários para garantir a segurança de seus frequentadores, merece o repúdio de todos os desportistas e da sociedade.
Os prejuízos, desportivos e econômicos, impostos ao Vasco da Gama e às comunidades localizadas no seu entorno são incalculáveis. Rogamos ao Poder Judiciário e ao Ministério Público, de quem o Vasco da Gama sempre foi parceiro, que a presente interdição do Estádio de São Januário possa ser resolvida de maneira célere, a bem da justiça e da preservação dos direitos dos torcedores do Vasco da Gama e dos moradores do entorno de seu estádio. O CRVG estará ao lado da Vasco da Gama SAF na busca de uma solução através dos meios legais e institucionais cabíveis".
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