Publicado 17/08/2023 16:54
Rio - O Vasco não esconde sua revolta por ainda estar proibido de receber sua torcida em São Januário. Nesta quinta-feira (17), em entrevista ao SporTV, o vice-presidente do clube, Carlos Roberto Osório, questionou a decisão da Justiça de manter o estádio vetado para receber público e lamentou os prejuízos financeiros e esportivos que o Cruz-Maltino vem sofrendo.
"Situação insólita. Primeiro a interdição de São Januário em razão de incidentes no jogo contra o Goiás, em 22 de maio, há praticamente dois meses atrás. Não tivemos nenhum impacto durante o jogo. Os incidentes aconteceram depois. Nada que oferecesse risco aos atletas ou às pessoas que estavam em campo. A PM interveio de uma forma que acirrou as coisas e gerou incidentes pontuais. Não tivemos nenhum ferido. Mas o MPE entendeu por bem ingressar uma ação no estádio. Um absurdo", reclamou o dirigente.
"Na primeira decisão o Vasco não podia jogar em São Januário nem com portões fechados. Revertemos. A punição esportiva do STJD foi cumprida, acabou, mas ainda não podemos receber público em São Januário. O Vasco está sofrendo um prejuízo desportivo incalculável. Único clube do futebol brasileiro sem a torcida ao lado. O Ramón Díaz ainda não jogou com o torcedor ao seu lado. Ele diz que a torcida, seu principal reforço, ainda não estreou. No momento que o Vasco precisa desesperadamente de seu torcedor. Um prejuízo incalculável. O Campeonato Brasileiro está em desigualdade de condições, com o Vasco prejudicado", completou.
Osório também reclamou da postura da Justiça que, segundo ele, trabalha com "dois pesos e duas medidas".
"Temos todas as licenças. Temos pareceres independentes que atestam a segurança de São Januário. Temos quase 100 anos de história mandando jogos em São Januário. São dois pesos e duas medidas. Somente nesse ano infelizmente houve uma série de incidentes na Série A, incluindo um óbito no jogo entre Palmeiras e Flamengo. Mas somente São Januário está fechado. O que não pode é o Vasco e seu torcedor não poderem mandar seus jogos em sua casa", declarou.
O Vasco foi condenado pelo STJD a mandar quatro jogos com portões fechados por conta da confusão após a partida contra o Goiás, em São Januário, no dia 22 de maio. O Cruz-Maltino já cumpriu a punição, mas a Justiça do Rio ainda mantém sua decisão de deixar o estádio interditado por tempo indeterminado, o que obriga o Vasco a jogar em outro local se quiser receber sua torcida.
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