Paulo César de Oliveira, comentarista de arbitragem da GloboReprodução
Publicado 29/08/2023 18:17
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Rio - O comentarista de arbitragem da TV Globo, Paulo César de Oliveira, discordou da análise feita pela Comissão de Arbitragem da CBF, de que o gol de Paulinho, do Vasco, na partida contra o Palmeiras, no último domingo (27), no Allianz Parque, foi bem anulado. O ex-árbitro reforçou sua posição de entender o lance como legal.
"Existia uma expectativa muito grande para a divulgação dos áudios do VAR para entendermos qual foi o procedimento do VAR. Para mim ficou muito claro que o foco da análise foi a posição do Vegetti, uma vez que, de acordo com os gráficos, ele estava em impedimento e participou da jogada em um primeiro momento. A análise da ação do Richard Rios foi superficial. Só no final, após analisarem o jogo todo, alguém citou, mas, no meu ponto de vista, não fizeram uma análise sobre a ação do Richard", disse PC durante o "Seleção SporTV".
Paulo César também fez duras críticas aos chefes da arbitragem, que, segundo ele, tentam desqualificar as opiniões dos comentaristas.
"Essa análise foi feita hoje pela Comissão de Arbitragem. E aqui gostaria de reforçar meu respeito ao Wilson Seneme, Péricles Bassols (gerente de VAR da CBF) e Giuliano Bozzano (gerente técnico de arbitragem). São pessoas sérias. Mas todas as vezes que existiu esse material, eles insistem em desqualificar os comentaristas de arbitragem. Eles se colocam como os verdadeiros donos das regras do jogo. Eles estão se colocando sempre com uma prepotência muito grande. No meu ponto de vista, o gol foi mal anulado", afirmou.
"A gente reparada que o Richard Rios está totalmente livre na área. Não há uma pressão. Ele tem uma ação deliberada e controlada. Não é uma bola inesperada. Ele tem o controle absoluto e tira a bola da área. E o Paulinho está na intermediária. É uma nova jogada, é um gol legal. Eu discordo totalmente da análise da Comissão de Arbitragem. Mantenho o respeito, mas critico a prepotência deles que toda vez desqualificam os comentaristas", concluiu PC.
Nesta terça-feira (29), a CBF divulgou os áudios da partida e alegou que não houve início de uma nova jogada de ataque, mesmo com o chute de Richard Ríos para afastar a bola da área. Portanto, a decisão foi considerada correta. Wilson Seneme, presidente da Comissão de Arbitragem, usou três argumentos para afirmar que não houve novo lance de ataque: a bola permaneceu ao redor da área do Palmeiras, foi dominada por um jogador do Vasco ao ser afastada e não estava sob controle de Richard Ríos. 
O lance aconteceu com apenas 15 minutos de jogo, quando o placar ainda estava 0 a 0. O Vasco não escondeu sua indignação com o lance e fez uma reclamação formal à CBF. O Cruz-Maltino foi derrotado por 1 a 0 e continua a cinco postos de distância do primeiro clube fora da zona de rebaixamento.
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