Sob o comando de Diniz, o Vasco já viveu altos e baixos no BrasileirãoMatheus Lima / Vasco
Publicado 08/11/2025 21:48
Rio - Técnico do Vasco, Fernando Diniz analisou a derrota de virada por 3 a 1 para o Juventude, neste sábado (8), em São Januário, pela 33ª rodada do Campeonato Brasileiro. Em entrevista coletiva, o comandante fez questão de destacar as falhas defensivas do Cruz-Maltino, que culminaram no terceiro revés seguido na competição.
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"Temos que ficar tristes. O torcedor do Vasco não merece isso, merece muito mais. Essa é a maior tristeza. E o futebol é assim mesmo. É tudo rápido. Não é terra arrasada, passou só uma semana. Contra o São Paulo, jogamos bem na maior parte do jogo, mas precisávamos ganhar. Não adianta só jogar bem. Tem que traduzir em vitória. Contra o Botafogo, fomos muito mal. Uma partida em que não acertamos quase nada", iniciou o treinador.
"Hoje, jogamos bem até levarmos o primeiro gol. Fizemos um, podíamos ter feito o segundo, o terceiro. Tomamos dois gols em falhas, praticamente entregamos o resultado. Eram totalmente evitáveis. A bola estava no nosso pé, forçamos o passe sem necessidade e eles fizeram uma bola longa. Tínhamos sete jogadores contra três, e tomamos o gol. No segundo, também não tem sentido sair com uma bola por dentro, acelerando o jogo. Na etapa final, baixaram as linhas e cedemos o contra-ataque", complementou. 
Apesar da fase difícil, Diniz reforçou que confia em mais uma volta por cima do Gigante da Colina: "Não é o primeiro momento em que passamos por isso. O time precisa se fechar mais, saber receber as críticas, que são merecidas. No fundo, quando jogamos bem, temos que converter em vitórias. Só jogar bem não adianta. A torcida quer ver bom futebol, mas quer vencer. Temos que entregar isso. O time precisa ser estável como a torcida".
Com o resultado, o Vasco permaneceu nos 42 pontos e caiu para a 10ª posição na tabela. O próximo compromisso será contra o Grêmio, quarta-feira (19), às 21h30 (de Brasília), na Arena do Grêmio, pela 34ª rodada do Campeonato Brasileiro.

Confira outras respostas de Diniz

. Motivo da sequência de derrotas: "Temos que descobrir. Se soubesse, teríamos vencido os três jogos. Vamos especular. Contra o Botafogo, estávamos muito desconcentrados. E isso pesou muito. Treinamos de um jeito e jogamos de outro totalmente diferente. Sabíamos o que tínhamos que fazer, já tínhamos jogado com eles na Copa do Brasil. O nível de concentração nos custou uma derrota, que foi merecida. Hoje e contra o São Paulo, é muito diferente. Acho que o Vasco tem que aprender a jogar bem e a ser um time grande. Não é o primeiro momento ruim que temos. Precisamos aprender, como das últimas vezes, para melhorar".
. Saída de Lucas Piton: "Ele não estava conseguindo achar cruzamentos. Ali, talvez, com o pé invertido, pudéssemos chegar mais. O Puma entrou para isso, bate muito bem na bola e criamos muitas situações de gol com ele atuando com o pé invertido. Além disso, tem uma bola aérea importante, um cabeceio bom. Entrou faltando uns oito minutos, não foi por isso que o Vasco deixou de ganhar".
. Convocação afeta Carlos Cuesta e Paulo Henrique?: "Não consigo responder, é muito pessoal. Mas não acredito. Cuesta é acostumado a ser convocado. O Paulo Henrique, não é a primeira vez. E precisa se habituar. Está indo para a Seleção pelo momento que vive no clube, precisa entregar aqui. Não acho que aconteceu alguma coisa por causa das convocações. Não vejo dessa forma".
. Haverá mudança de postura?: "Entrego minha vida aqui, com muita dedicação. Posso não conseguir às vezes, mas não vou pelo superficial. Eu quis estar aqui, fiz força para estar aqui e vou fazer de tudo para entregar vitórias para os torcedores. Pode ter certeza. Eu quero muito ser parte da reconstrução do Vasco. É uma alegria para mim. Vamos nos juntar para voltar a dar alegrias para a torcida. Estamos aqui em prol do Vasco".
. Pretende integrar jovens da base em meio à fase difícil?: "É uma possibilidade, mas não é fácil pegar um jogador da base e colocar no profissional, em um momento de pressão. Sempre que posso, integro jogadores. Não dá para fazer do jeito que gostaria, porque tem campeonatos acontecendo na base também. É importante jogarem lá. Não é simples. Se eu pudesse, estariam mais próximos. Não podemos desfalcar a base".
. Cobrança por participações diretas de Coutinho: "A cobrança maior parte dele. Eu acho que tem jogado bem constantemente. Hoje, fez outro bom jogo. Puxou para cima o tempo todo, não parou. Jogou de 8 no final e conseguiu terminar o jogo. O fato de jogar bem como 10 não garante que participará sempre de gols. Tem hora que dá a pré-assistência, como hoje. Deu passes muito difíceis e daí saíram as chances de gol. Os números frios enganam. É o principal articulador do time, que faz uma temporada muito boa".
. Thiago Mendes: "É uma possibilidade. Ele chegou muito fora de ritmo. Saiu da França, ficou um tempo no Catar, teve uma lesão importante e já não jogava há um tempo quando veio para cá. E jogar no Catar, com a idade dele, não é simples. Você paga uma conta, e Thiago está pagando essa conta. Ele está adquirindo ritmo e tem evoluído nos treinamentos".
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