Polícia prende bandido que mandou criminosos armados assaltarem a ex-mulher e os próprios filhos, em Guapimirim
Numa mesma investigação, dois crimes foram solucionados
Durante o assalto foi utilizado um revólver calibre 38, o qual foi entregue a Erick, um dos meliantes, pelo ex-marido da vítima. A arma ainda não foi localizada.
Assalto a posto de gasolina
A captura dos dois irmãos foi durante a investigação sobre o assalto a um posto de gasolina no dia 28 de dezembro de 2021, um dia após o roubo à residência, no Jardim Guapimirim, no mesmo bairro.
No dia 5 de janeiro de 2022, policiais do 34º BPM tinham identificado a motocicleta usada no roubo ao referido posto de combustível. O veículo, de cor preta e sem placa, pertencia a um homem identificado pelas iniciais de L. V. S, de 26 anos. Aos agentes, ele disse tê-lo emprestado aos irmãos Erick e Luiz Henrique, mas sem saber que seria para cometer o crime.
O assalto ao posto de gasolina foi registrado por câmeras de monitoramento do local, o que facilitou o trabalho dos investigadores.
Erick também contou ter assaltado o posto de combustível junto com outro criminoso identificado como Felipe da Silva Nogueira, de 27 anos. Este último foi capturado na mesma data e admitiu sua participação no delito, tendo o casaco usado na ocasião apreendido.
A contratação dos irmãos no roubo à residência
Foi preciso mudar de assunto e falar do assalto ao posto de combustível para tornar mais fácil o entendimento na identificação e captura dos então suspeitos. De uma única vez, policiais da 67ª DP (Guapimirim) conseguiram desvendar dois crimes.
Acerca do roubo à residência, José Luiz Carvalho, o ex-marido, pediu a um homem chamado Celso de Azevedo Cruz Júnior, de 23 anos, que arrumasse alguns bandidos para dar um susto na ex-companheira, forjando um assalto. Celso Júnior então o apresentou aos irmãos Erick e Luiz Henrique Cabral no mesmo dia do crime.
Celso Júnior foi buscar os irmãos num veículo BMW, o qual foi apreendido pelos policiais. Ele também foi preso nessa quarta-feira (19).
Falhas legais e burocráticas dificultam o trabalho da polícia
Tem um velho ditado que diz que “é melhor um pássaro na mão do que dois voando”. Os policiais da 67ª DP (Guapimirim) tinham cinco nas mãos, de uma só vez, mas por questões legais e burocráticas não puderam manter os meliantes detidos.
No mesmo dia da captura, em 5 de janeiro deste ano, os cinco elementos foram apresentados ao plantão judiciário noturno. Nessa data, o Poder Judiciário ainda estava em recesso. O juiz de plantão deixou de apreciar os pedidos de prisão, porque normas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ) determinam não ser atribuição do plantão judiciário noturno decidir sobre prisões provisórias.
Por conta dessas falhas legais e burocráticas, os cinco suspeitos foram liberados, com isso dificultando o trabalho da polícia.
Posteriormente, a Vara Criminal de Guapimirim emitiu mandados de prisão para os cinco acusados, sendo que três deles foram capturados ontem (19): José Luiz Quintanilha de Carvalho, o ex-marido; Celso de Azevedo Cruz Júnior, que indicou os dois irmãos para invadirem a residência; e Felipe da Silva Nogueira, que participou no roubo ao posto de gasolina. Os três foram presos preventivamente, ou seja, sem prazo para soltura, pelos crimes de roubo qualificado com o concurso de pessoas e de arma de fogo, conforme previsto no artigo 157 do Código Penal (Lei nº 2.848/1940).
Já os dois irmãos Erick Cabral da Silva Barroso e Luiz Henrique Cabral da Silva Barroso não foram localizados, pois fugiram de Guapimirim depois do plantão judiciário.
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