Publicado 02/02/2022 11:08
Guapimirim – O município de Guapimirim, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, voltou a registrar mortes por coronavírus (Sars-CoV2) nessa segunda-feira (31/1). Foram três até o momento, segundo a Secretaria Municipal de Saúde. Isso ocorre depois dessa cidade ter ficado sem notificações de óbitos por quase três meses.
Foram exatos 84 dias. O último falecimento por Covid-19 ocorreu no passado dia 8 de novembro. De lá para cá, o município tinha se estabilizado com 197 mortes – isso desde o início da pandemia no Brasil, em fevereiro de 2020 –, mas com as novas vítimas fatais, agora o total é de 200.
Os novos registros de óbito coincidem com o agravamento da pandemia em meio às variantes Delta e Ômicron em circulação pelo país. Centenas de pessoas procuram diariamente a rede municipal de saúde com suspeita de coronavírus e sintomas gripais.
O agravamento da situação também pode ser explicada pelas aglomerações decorrentes das festividades de fim de ano como natal e réveillon. Uma parcela considerável da população subestima a pandemia, a começar pelos negacionistas, apesar de o país contabilizar 628.067 mortes e mais de 25,6 milhões de casos confirmados da doença em quase dois anos, conforme dados do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass).
Não foram só as festividades que contribuíram com o novo capítulo do caos sanitário. Nos últimos tempos, houve relaxamento das medidas sanitárias, tais como o uso de máscara, por exemplo, além da permanência em ambientes lotados como discotecas, bares, restaurantes, academias, transportes públicos cheios e por aí vai...
O fato de as pessoas estarem vacinadas contra o coronavírus não significa que estão 100% protegidas. As vacinas têm por intuito reforçar a imunidade contra o vírus e reduzir o risco de casos graves. Até porque são imunizantes novos e as diferentes cepas tornam a batalha contra a doença mais complicada.
A vacinação contra o coronavírus já está em vigor no Brasil há mais de um ano. No início, era até compreensível o medo que as pessoas tinham de tomar. Passado todo esse tempo, não é simplesmente uma questão opção. Agora é uma questão de sobrevivência e de saúde pública coletiva. Ninguém que tomou virou jacaré ou qualquer outro animal. O “nós” precisa dar lugar ao “eu” egoísta e alheio à realidade.
De modo geral, a grande maioria dos pacientes internados com coronavírus pelo país é de pessoas que recusaram a imunização ou que não completaram o ciclo de doses. Atualmente, há sete pessoas internadas na rede municipal de saúde de Guapimirim, sendo seis no Centro de Terapia Intensiva (CTI) e um no Centro de Tratamento e Diagnóstico de Covid-19. Até ontem eram 10 internações.
Em quase dois anos, Guapimirim registrou 9.168 casos confirmados de coronavírus. No último dia 27 de dezembro, Guapimirim tinha um total de 6.331 casos confirmados. Em pouco mais de 30 dias, foram 2.837 novas infecções.
A adoção de protocolos sanitários continua sendo uma das formas mais eficazes de proteção. Isso não significa que as pessoas nunca vão pegar Covid-19, no entanto contribui para que evitar a superlotação nos hospitais e postos de saúde, o que pode acarretar em falta de leitos para internações.
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