Publicado 12/03/2022 14:30 | Atualizado 12/03/2022 14:52
Guapimirim – Pacientes de Guapimirim, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, e também de outras partes do Brasil, que são medicados com Losartana Potássica precisam ficar atentos ao “recall” que está sendo feito pelos laboratórios Medley e Sanofi, porque foi detectada uma impureza que a longo prazo pode ser cancerígena. O remédio é usado contra hipertensão arterial (pressão alta).
O recolhimento dos produtos engloba todos os lotes dos seguintes medicamentos:
* Losartana Potássica 50mg.
* Losartana Potássica 100mg.
* Losartana Potássica 50mg + Hidroclorotiazida 12,5mg.
* Losartana Potássica 100mg + Hidroclorotiazida 25mg.
* Losartana Potássica 100mg.
* Losartana Potássica 50mg + Hidroclorotiazida 12,5mg.
* Losartana Potássica 100mg + Hidroclorotiazida 25mg.
As duas fabricantes, que pertencem ao mesmo grupo, anunciaram a medida, no último dia 7 de março, e informaram que isso é uma ação voluntária e preventiva.
As impurezas encontradas são chamadas de nitrosaminas. Essas substâncias costumam ser encontradas na água, em vegetais, laticínios, além de alimentos grelhados e defumados. Dentro dos limites tolerados, representam baixo risco de danos à saúde. Mas em altas doses pode aumentar o risco de câncer, distúrbios de fertilidade e/ou anomalias congênitas.
Pacientes que tomam a Losartana Potássica na forma simples ou composta devem conversar com seus médicos para que o caso seja analisado e saber se devem ou não continuar usando a medicação. Caso não, será sugerido um medicamento alternativo.
Quem utiliza as referidas medicações dos laboratórios Medley e Sanofi no Brasil podem contatar a empresa pelo telefone 0800-703-0014, de segunda a sexta-feira, das 9h às 18h.
Em 2018, agências reguladoras de medicamentos de todo o mundo foram informadas sobre a presença de nitrosaminas em limites acima do permitido em remédios da classe “sartanas”, como Losartana Potássica e Valsartana.
Por conta disso, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) chegou a inspecionar 30 empresas fabricantes de medicamentos do tipo “sartanas”, em 2019. Desde então, foram feitas interdições, suspensões e até o recolhimento de remédios.
Em 2019, por exemplo, a FDA, a agência de Alimentos e de Medicamentos dos Estados Unidos, anunciou que remédios à base de Losartana Potássica estavam sendo recolhidos devido ao risco de nitrosaminas.
Em 2020, compostos de nitrosaminas também foram detectados em remédios como Cloridrato de Ranitidina, para tratar da gastrite, Nizatidina, para tratar de úlcera gástrica, e Cloridrato de Metformina, usado no tratamento contra a diabete. Houve proibição de importação, de distribuição e de comercialização de determinados itens por parte da Anvisa.
Leia mais
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.