Publicado 11/07/2022 23:31
Guapimirim – O agente penitenciário federal Jorge José da Rocha Guaranho, que assassinou a tiros o tesoureiro do Partido dos Trabalhadores (PT) Marcelo Aloizio de Arruda em Foz de Iguaçu, no Paraná, já se envolveu em polêmica em Guapimirim, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro. Em 24 de junho de 2018, o servidor federal foi preso por desacato à autoridade, de acordo com a CNN Brasil.
De acordo com os registros feitos na 59ª DP (Duque de Caxias), Jorge Guaranho apresentava sinais de embriaguez numa festa no bairro Limoeiro, em Guapimirim, e teria discutido com dois policiais militares que tinham ido ao local averiguar uma ocorrência. Na ocasião, o agente penitenciário se apresentou como policial federal e disse para os policiais fluminenses irem embora, ao se referir a eles com palavras de baixo calão como “policiais de merda”. Foi preciso algemá-lo, porque estava muito “arredio e alterado”, segundo a emissora.
O caso em Guapimirim tramitou sob segredo de justiça no Paraná, onde Jorge Guaranho trabalhava, e acabou arquivado. O servidor federal é funcionário do Departamento Penitenciário Nacional (Depen) desde 2010.
Jorge Guaranho já morou em Santo Aleixo, na cidade vizinha de Magé, na Baixada Fluminense. O fato registrado em Guapimirim veio à tona por ocasião da morte de Aloízio Arruda, que foi guarda civil municipal em Foz de Iguaçu por 28 anos. A vítima deixou a esposa e quatro filhos, sendo o mais novo um bebê de pouco mais de um mês.
A vítima estava num clube celebrando o aniversário de 50 anos cujo bolo e tema eram o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT-SP), quando Jorge Guaranho invadiu a festa e atirou no tesoureiro petista. Antes de falecer, o aniversariante conseguiu atirar no assassino, conforme imagens amplamente divulgadas pela imprensa, desse modo evitando um massacre.
Segundo testemunhas do crime ocorrido na madrugada do último domingo (10/7), o assassino gritava frases como “aqui é Bolsonaro”. Nas redes sociais, ele se mostra como um simpatizante do presidente da República, Jair Bolsonaro, se diz “cristão”, contra o aborto e favorável ao porte de armas de fogo. Nesta segunda-feira (11), o agente penitenciário teve prisão decretada pela Justiça e permanece internado. A barbárie está sendo investigada como possível intolerância política.
Leia mais
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.