Publicado 09/03/2024 13:08
Em Guapimirim
Guapimirim – O município de Guapimirim, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, já registrou ao menos 134 casos prováveis de dengue apenas nos primeiros meses de 2024. Os dados são da Secretaria de Saúde do Estado do Rio de Janeiro (SES-RJ) e estão atualizados até essa sexta-feira (8).
Casos prováveis são os notificados aos órgãos competentes. As suspeitas já descartadas não são incluídas nessa estatística.
Até o último dia 20 de fevereiro, Guapimirim tinha 316 casos notificados de dengue, sendo que 70 deles confirmados, outros 111 descartados e com 65 aguardando resultado de exames para confirmar ou não, de acordo com o boletim epidemiológico da Secretaria Municipal de Saúde.
Em todo o ano de 2023, foram contabilizados 149 prováveis casos, segundo a SES-RJ. Os dados de 2024 apontam que esse número ainda vai aumentar no decorrer das próximas semanas.
No último dia 21 de fevereiro, o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL-RJ), decretou epidemia de dengue no estado, por conta do elevado número de casos.
No estado do Rio de Janeiro
Apenas nos primeiros 68 dias de 2024, o estado fluminense tinha 107.833 casos prováveis de dengue, com 26 óbitos confirmados e 3.136 pacientes internados. Mais da metade desses possíveis casos – 56.928 – estão localizados na cidade do Rio de Janeiro, segundo a prefeitura.
O número de casos de dengue no estado do Rio de Janeiro em 2024 é mais que o dobro registrado no ano passado, com 51.492 notificações na época, 36 mortes e 3.182 internações. No ano passado, a Cidade Maravilhosa notificou 22.739 casos prováveis.
A dengue como doença endêmica e sazonal
No Brasil, a dengue é uma doença endêmica, isto é, comum em várias partes do país e com novos casos registrados anualmente. Trata-se de uma enfermidade transmitida pelo mosquito fêmea da espécie Aedes aegypti e, em menor proporção, da espécie Aedes albopictus. Ambos também transmitem febre amarela, zika e chikungunya.
A dengue também é uma doença sazonal, ou seja, de estação, e ocorre durante o verão, período de mais chuvas, o que contribui para que os mosquitos transmissores possam depositar ovos em objetos com água parada, tais como vasos de plantas, pneus velhos, piscinas, caixas d’água destampadas etc. As altas temperaturas contribuem para o acelerado desenvolvimento dos ovos e das larvas. No hemisfério sul, os casos disparam no primeiro semestre do ano, enquanto que no hemisfério norte, no segundo semestre.
A proliferação de mosquitos vetores de dengue e outras doenças pode estar ligada a fatores ambientais, mas também é consequência de ações ou inações humanas, como o descuido de medidas simples e práticas repetidas diariamente por organismos de saúde sobre como combater focos desses insetos. Medidas as quais foram citadas acima.
Existem quatro tipos de dengue (DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4), e esses quatro sorotipos estão presentes nas Américas, segundo a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas). Em 2019, por exemplo, o continente contabilizou mais de 3,1 milhões de casos da doença e 1.534 óbitos.
Ainda de acordo a Opas, apenas Chile e Canadá estão livres da dengue e do mosquito transmissor. Já no Uruguai tem o Aedes aegypti, porém não tem dengue.
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