O indicador caiu 0,11%, considerando a série livre de efeitos sazonaisTânia Rêgo/Agência Brasil
Publicado 14/07/2022 11:19 | Atualizado 14/07/2022 11:21
 A economia brasileira apresentou uma queda de 0,11% em maio, na comparação com abril, de acordo com dados divulgados nesta quinta-feira (14), pelo Banco Central (BC). Este é o segundo mês seguido de queda no Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-BR), indicador considerado como uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB). 
No mês, o destaque foi o volume de serviços prestados, (-0,1% em abril para 0,9% em maio), mas a produção industrial também acelerou (0,2% para 0,3%), enquanto o varejo ampliado perdeu fôlego, de 0,5% para 0,2%.
De abril para maio, o índice de atividade calculado pelo BC passou de 142,13 pontos para 141,97 pontos na série dessazonalizada - desconsideram diferenças de feriados e de oscilações da atividade econômica, típicas de determinadas épocas do ano -. Este é o menor patamar desde fevereiro (141,62 pontos).
Comparação trimestral

Apesar da queda observada na margem nos meses de abril e maio, a economia brasileira cresceu no trimestre finalizado no quinto mês do ano, conforme o IBC-Br. O Banco Central informou que o indicador teve alta de 0,92% na comparação com os três meses anteriores (dezembro a fevereiro), pela série ajustada sazonalmente.

Na comparação com o mesmo período de 2021, houve alta de 2,83% pela série sem ajustes sazonais. Em 12 meses até maio, o IBC-Br mostra avanço de 2,66%. Já no acumulado de 2022, o resultado é positivo em 2,08%.
Revisões

O Banco Central também revisou dados do IBC-Br na margem, na série com ajuste. O IBC-Br de abril variou de -0,44% para -0,64% No caso do dado de março, a revisão foi de alta de 1,08% para 1,00%.

Já o índice de fevereiro passou de expansão de 0,71% para 0,88%, enquanto o de janeiro variou de -0,43% para -0,60%. O dado de dezembro foi revisado de elevação de 0,58% para 0,60%, enquanto o indicador de novembro passou de crescimento de 0,87% para 0,88%.

Conhecido como uma espécie de "prévia do BC" para o Produto Interno Bruto (PIB), o IBC-Br serve mais precisamente como parâmetro para avaliar o ritmo da economia brasileira ao longo dos meses. A projeção atual do BC para a atividade doméstica em 2022 é de crescimento de 1,70%, conforme o Relatório Trimestral de Inflação (RTI) de junho.
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