Publicado 21/09/2023 17:01
Uma ocorrência da Polícia Civil de Iguaba Grande terminou com dois homens e um menor baleados na noite desta quarta-feira (20). Destes, o adolescente, de 17 anos, e um dos homens, de 29, não resistiram e morreram. Os disparos teriam sido efetuados durante uma abordagem veicular.
De acordo com o relato da Polícia Civil, agentes da 129ª DP teriam interceptado um automóvel suspeito no bairro Vila Nova e, durante a abordagem, o motorista teria parado o carro e dois passageiros teriam descido e atirado contra os agentes, que revidaram à injusta agressão.
Além disso, a Civil também afirma que “as armas usadas pelos integrantes do veículo foram apreendidas e as investigações continuam para identificar os suspeitos e esclarecer todos os fatos”.
Entretanto, o motorista do veículo apresenta uma versão diferente da Polícia Civil. O homem de 32 anos, que inclusive é pai do adolescente que veio à óbito, afirma que os três estavam voltando para casa após o serviço. Eles trabalhavam em São Pedro da Aldeia e residem em Araruama.
Ele afirma que, na altura da RJ-124, a polícia teria ordenado que o grupo parasse e, em seguida, descesse do automóvel. Neste momento, o homem de 29 anos e o adolescente de 17 teriam saído. “Escutei muito tiro, me acertou de raspão. Já os dois morreram. Fomos para a UPA, cheguei, mediu a pressão e depois fui para a delegacia. Chegando lá, tinha uma arma dizendo ser nossa, coisa que não era. O (mais velho) usava um casaco do exército que é dele há muitos anos, mas não tem nada a ver. Nós somos mecânicos de máquina pesada”, explicou o homem, abalado.
O homem explicou, ainda, que ele, o filho e o outro rapaz não possuem passagens policiais. “Sou evangélico. Nunca, nenhum de nós. (…). Foi tudo muito rápido, agora estou com medo pela minha própria vida”, complementou.
De acordo com o relato da Polícia Civil, agentes da 129ª DP teriam interceptado um automóvel suspeito no bairro Vila Nova e, durante a abordagem, o motorista teria parado o carro e dois passageiros teriam descido e atirado contra os agentes, que revidaram à injusta agressão.
Além disso, a Civil também afirma que “as armas usadas pelos integrantes do veículo foram apreendidas e as investigações continuam para identificar os suspeitos e esclarecer todos os fatos”.
Entretanto, o motorista do veículo apresenta uma versão diferente da Polícia Civil. O homem de 32 anos, que inclusive é pai do adolescente que veio à óbito, afirma que os três estavam voltando para casa após o serviço. Eles trabalhavam em São Pedro da Aldeia e residem em Araruama.
Ele afirma que, na altura da RJ-124, a polícia teria ordenado que o grupo parasse e, em seguida, descesse do automóvel. Neste momento, o homem de 29 anos e o adolescente de 17 teriam saído. “Escutei muito tiro, me acertou de raspão. Já os dois morreram. Fomos para a UPA, cheguei, mediu a pressão e depois fui para a delegacia. Chegando lá, tinha uma arma dizendo ser nossa, coisa que não era. O (mais velho) usava um casaco do exército que é dele há muitos anos, mas não tem nada a ver. Nós somos mecânicos de máquina pesada”, explicou o homem, abalado.
O homem explicou, ainda, que ele, o filho e o outro rapaz não possuem passagens policiais. “Sou evangélico. Nunca, nenhum de nós. (…). Foi tudo muito rápido, agora estou com medo pela minha própria vida”, complementou.
Para corroborar com sua versão, ele fez questão de compartilhar uma imagem capturada por uma câmera de segurança da empresa onde trabalha, mostrando o momento em que ele, seu colega e filho estavam saindo do local.
Em seguida, os três baleados foram encaminhados à UPA da cidade, onde o óbito do homem de 29 anos e do adolescente foram confirmados.
O enterro do mais velho acontece às 16h desta quinta-feira, enquanto do menor será nesta sexta (22), ambos em Araruama.
POLÍCIA MILITAR ACIONADA
Após os disparos, a Polícia Militar foi acionada ao local para prestar auxílio. Vale salientar que, diferente das versões iniciais divulgadas sobre a ocorrência, os agentes do 25º BPM não tiveram envolvimento nos disparos. Inclusive, o Conselho Comunitário de Segurança (CCS) de Iguaba Grande emitiu uma nota reafirmando o fato.
“Venho aqui esclarecer que a Polícia Militar NÃO PARTICIPOU DESTA AÇÃO, logo, os comentários em relação aos policiais do 25° Batalhão tornam-se ofensivos”, afirma a nota do CCS.
Além disso, o CCS também compartilhou uma nota que teria recebido da Civil, afirmando que “foi instaurado um Inquérito Policial para apurar as circunstâncias da diligência que culminou em dois óbitos”.
Confira a nota completa:
“Em resposta a este Conselho, a Polícia Civil informou que foi instaurado Inquérito Policial para apurar as circunstâncias da diligência que culminou em dois óbitos. Segundo apurado até o momento, os policiais afirmaram que houve troca de tiros durante a abordagem. Foi apreendida uma pistola 9 mm com kit rajada com um dos envolvidos, sendo que um deles ainda fazia uso de roupas camufladas, parecidas com as roupas utilizadas pelos traficantes locais que se encontram homiziados nas matas do município. Foi realizada a perícia no local do confronto e todas as armas utilizadas pelos policiais foram apreendidas e encaminhadas à perícia. A polícia vem trabalhando firme no combate à criminalidade da cidade, notadamente o tráfico de drogas! O Inquérito Policial instaurado será enviado ao Ministério Publico tão logo todas as diligências sejam ultimadas”.
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