Publicado 05/04/2022 17:10
Itaboraí - A gestão da Casa de Cultura Heloísa Alberto Torres iniciou o processo de informatização de toda a biblioteca pessoal da antropóloga e sua família, com mais de 7 mil obras armazenadas na casa em que viveu, localizada na Praça Marechal Floriano Peixoto, no Centro Histórico do município. Sob administração da Prefeitura de Itaboraí, por conta de um convênio com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), o imóvel reúne um acervo, que inclui livros, manuscritos, documentos e mobiliário.
De acordo com o subsecretário de Cultura e gestor da Casa, Alan Mota, a iniciativa de informatizar a biblioteca surgiu da necessidade de facilitar o método de pesquisa de títulos e de garantir uma catalogação técnica das obras, a fim de separar os exemplares por temas, assuntos e autores. Antes da atual gestão, havia apenas um catálogo parcial, impresso, com cerca de 25% do volume total de livros e periódicos do acervo.
"O processo de catalogação e inventário do acervo que compõe a Casa foi iniciado em 2009, mas paralisado em 2011. Agora, na gestão do prefeito Marcelo Delaroli, com o avanço da tecnologia, iniciamos a catalogação informatizada dessa inestimável biblioteca pessoal de Heloísa e sua família, coisa que nunca foi feita. A biblioteca abriga livros de diversos autores, nacionais e internacionais, além de livros escritos por Heloísa e seu pai, o ex-ministro do STF Alberto Torres, e até obras do século XVIII. É um material muito rico em história que pode servir como base para pesquisas científicas", destacou o gestor.
Ao todo, a equipe responsável por esse processo conta com chefe de acervo, Aurora Ribeiro; o coordenador de Patrimônio, Acervo e Memória, William Mendonça; a bibliotecária Rebeca Hypolito; e a auxiliar de acervo, Sthefani da Rosa. Somente no mês de fevereiro, foram catalogados e informatizados mais de 300 títulos.
"Estamos catalogando os exemplares em um sistema próprio de organização para bibliotecas. Inicialmente, essa informatização está sendo realizada para o controle interno das obras. Porém, o objetivo é que, posteriormente, esse catálogo possa ser disponibilizado para o público, a fim de promover a integração entre bibliotecas e para que pessoas de todo o Brasil e até do exterior possam identificar que a Casa de Cultura possui tal obra no acervo", explicou a bibliotecária responsável, Rebeca Hypolito.
Com o objetivo de funcionar como um centro de difusão cultural, o sobrado colonial ganhou denominação de Casa de Cultura nos anos 90. O espaço reúne parte do acervo de Heloísa e da família Alberto Torres na parte superior do imóvel. Para conhecer, o visitante precisa estar acompanhado de um profissional técnico, a fim de proteger os itens do patrimônio histórico. Como forma de homenagear a história da família, parte dessa exposição ganha o primeiro piso da Casa no mês de setembro, quando é celebrado o aniversário da construção da residência. Neste ano, a casa completará 212 anos.
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