Publicado 22/08/2023 21:04
Itaguaí- A Pracinha da Cultura, em Chaperó recebe o espetáculo ‘Glauce’. A peça é uma homenagem aos 55 anos de carreira, da atriz Françoise Forton, a interpretação cheia de carinho e paixão da atriz Débora Duboc. A entrada é gratuita, com duas sessões às 14 e 17h.
As histórias de Françoise e Glauce se misturam quando a atriz ainda era criança e as duas se conheceram em Brasília. Ao passar no teste para o filme "Marcelo Zona Sul", que trouxe Fran para morar no Rio de Janeiro, Glauce imediatamente se colocou como tutora da atriz, ainda menor de idade. Françoise a chamava de Tia Glauce e desse convívio nasceu o desejo ainda maior da então iniciante atriz de seguir a carreira artística, nos passos dessa monstra dos palcos, que morreu vítima de um ataque do miocárdio e que deixou uma grande marca na cultura brasileira.
Em apenas 18 anos de carreira, Glauce Rocha atuou em 46 peças, 25 filmes e 6 novelas, além de uma enorme quantidade de teleteatros.
O espetáculo começa na madrugada do dia 12 de outubro de 1971, dia em que Glauce morreu. Às 4h da manhã, o telefone toca na casa da irmã de Glauce, em São Paulo, onde a atriz estava hospedada para gravar uma novela na Tupi. Ela atende e do outro lado da linha uma mulher avisa que alguém naquela casa iria morrer, que a morte rondava aquele local. "Isso foi um fato, ninguém sabe até hoje que era aquela mulher", diz Leonardo. Glauce não consegue mais dormir, com medo de perder a hora da gravação, e começa a relembrar sua vida. Naquele mesmo dia, às 19h, ela sofreu uma parada do miocárdio, mesma tragédia que matou sua mãe, um ano antes.
"Muita gente diz que ela morreu de exaustão e ela nunca deixou que essa exaustão a impedisse de fazer qualquer coisa. Ela aceitava mais trabalho, amava o teatro, ser atriz. Isso me tocou demais: como a pessoa vai se abandonando para fazer o que é sua paixão. Ela trabalhava muito, mas não era rica. Tinha uma vida muito generosa com dinheiro, ajudava os amigos, família, estava sempre dura", afirma o autor.
É essa paixão pela arte que a diretora Debora Dubois quer mostrar na peça. "A vida da Glauce é construída pela arte. Falar dela é muito mais do que falar de sua história. Se você pensa que ela morreu em 71, o discurso dela cabe hoje. Nos últimos quatro anos, estávamos quase iguais ao momento em que ela estava vivendo. Ela enfrentava e dava a cara a bater", diz Débora. Um dos destaques do texto é quando o DOPS (Departamento de Ordem Política e Social) invade o teatro e prende uma das atrizes da peça "Electra", antes da apresentação. Glauce não hesita em convocar toda a plateia para libertar a atriz. Vão todos para a frente do DOPS e conseguem libertá-la. "Eles poderiam matá-la naquela hora, ou prendê-la. Mas ela era uma influenciadora e usava sua postura para falar e fazer o que precisava. Ela era uma diva do momento e não se comportava como tal. Tinha um cuidar da classe teatral muito forte", diz Dubois.
O projeto Glauce conta com patrocínio do Governo do Estado do Rio de Janeiro, Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa e com a Secretaria de Cultura e Educação de Itaguaí.
Em apenas 18 anos de carreira, Glauce Rocha atuou em 46 peças, 25 filmes e 6 novelas, além de uma enorme quantidade de teleteatros.
O espetáculo começa na madrugada do dia 12 de outubro de 1971, dia em que Glauce morreu. Às 4h da manhã, o telefone toca na casa da irmã de Glauce, em São Paulo, onde a atriz estava hospedada para gravar uma novela na Tupi. Ela atende e do outro lado da linha uma mulher avisa que alguém naquela casa iria morrer, que a morte rondava aquele local. "Isso foi um fato, ninguém sabe até hoje que era aquela mulher", diz Leonardo. Glauce não consegue mais dormir, com medo de perder a hora da gravação, e começa a relembrar sua vida. Naquele mesmo dia, às 19h, ela sofreu uma parada do miocárdio, mesma tragédia que matou sua mãe, um ano antes.
"Muita gente diz que ela morreu de exaustão e ela nunca deixou que essa exaustão a impedisse de fazer qualquer coisa. Ela aceitava mais trabalho, amava o teatro, ser atriz. Isso me tocou demais: como a pessoa vai se abandonando para fazer o que é sua paixão. Ela trabalhava muito, mas não era rica. Tinha uma vida muito generosa com dinheiro, ajudava os amigos, família, estava sempre dura", afirma o autor.
É essa paixão pela arte que a diretora Debora Dubois quer mostrar na peça. "A vida da Glauce é construída pela arte. Falar dela é muito mais do que falar de sua história. Se você pensa que ela morreu em 71, o discurso dela cabe hoje. Nos últimos quatro anos, estávamos quase iguais ao momento em que ela estava vivendo. Ela enfrentava e dava a cara a bater", diz Débora. Um dos destaques do texto é quando o DOPS (Departamento de Ordem Política e Social) invade o teatro e prende uma das atrizes da peça "Electra", antes da apresentação. Glauce não hesita em convocar toda a plateia para libertar a atriz. Vão todos para a frente do DOPS e conseguem libertá-la. "Eles poderiam matá-la naquela hora, ou prendê-la. Mas ela era uma influenciadora e usava sua postura para falar e fazer o que precisava. Ela era uma diva do momento e não se comportava como tal. Tinha um cuidar da classe teatral muito forte", diz Dubois.
O projeto Glauce conta com patrocínio do Governo do Estado do Rio de Janeiro, Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa e com a Secretaria de Cultura e Educação de Itaguaí.
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