Donizete disputa pela segunda vez as eleições e segue como um dos favoritos.Foto/ Divulgação
Publicado 09/09/2024 15:47
Antônio Donizete Gasparino de Jesus, conhecido há mais de 24 anos em Itaguaí como Donizete, nasceu em 1974, no Paraná. Criança de família humilde, filho de boia-fria, conquistou sucesso e reconhecimento da sociedade itaguaiense. O foi vendedor de picolé, feirante, cortador de cana-de-açúcar e caminhoneiro. Foi dirigindo carretas que melhorou de vida e chegou a Itaguaí. Em 1999, no Porto de Itaguaí, Donizete rapidamente se tornou encarregado, passando a treinar novos motoristas. Não demorou muito, comprou seu primeiro caminhão, que logo lhe permitiu adquirir outros.
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O candidato à Prefeitura de Itaguaí, da Coligação “União por Itaguaí”, Donizete (UNIÃO), faz parte da série de entrevistas com os candidatos a prefeito da cidade, organizada pelo O DIA. Em entrevista, Donizete falou um pouco sobre sua história e propostas.
O DIA – Sua história na política não começou agora, me conte um pouco sobre ela e o que aprendeu ao longo destes anos, levando em consideração que na eleição de 2020 o senhor ficou em segundo lugar, com um número de votos expressivos.
Donizete – Para mim é uma alegria muito grande. Itaguaí é uma cidade pela qual tenho uma enorme gratidão. Foi aqui que conquistei muita coisa na minha vida. Quero, em nome dessa gratidão, retribuir tudo o que o município me proporcionou. Concorri em 2020, cheguei em segundo lugar com uma pequena diferença de votos (1.032). Agora me sinto muito feliz em ser abraçado pela população. Tenho certeza de que eleito, vou resgatar a dignidade deste povo sofrido que precisa de escolas boas, merenda de qualidade, hospital que preste um serviço de excelência e mais oferta de empregos.
O DIA – Como é para o senhor concorrer à Prefeitura de Itaguaí?
Donizete – Minha vida sempre foi enfrentar desafios atrás de desafios. Nada foi fácil para mim. Cheguei até aqui com muito sacrifício e sei que Itaguaí merece esse esforço. Concorrer à prefeitura e poder me tornar prefeito é a realização de um sonho que tem como objetivo transformar a vida das pessoas dessa cidade. É essa transformação que me move.
O DIA – São sete candidatos disputando a eleição de 2024, um número relativamente alto para a cidade. Nas pesquisas estão na frente: o senhor, Rubão, Alexandre Valle e Gil Torres. Na sua opinião, a quantidade de candidatos favorece ou não a eleição, e por quê?
Donizete – Acho que o importante não é a quantidade e sim as qualidades do candidato. A população de Itaguaí terá esse discernimento na hora de votar. O prefeito atual já mostrou inúmeras vezes que não tem qualquer condição de governar esta cidade. Venho fazendo desde o início uma campanha voltada a debater soluções para Itaguaí, apontando a direção para o município chegar onde merece. Os moradores sabem que sou o mais bem preparado para assumir Itaguaí.
O DIA – Quais as suas principais propostas de governo?
Donizete – Resgatar a dignidade do povo de Itaguaí. Essa é a principal proposta. Como se faz isso? Oferecendo uma qualidade de vida melhor para a população, principalmente na área da saúde. A prioridade é a construção um novo hospital para suprir essa demanda. Outra proposta é o abastecimento das farmácias para que o cidadão posso encontrar o medicamento que tanto precisa. A terceira proposta é gerar empregos, oferecendo incentivos para trazer novas empresas para Itaguaí e zerando a burocracia de emissão de alvará. Vou implantar na cidade o alvará eletrônico e, com isso, oferecer incentivos para que as empresas se instalem aqui, gerando mais empregos. Mas não podemos esquecer do Tarifa Zero, transporte público ao alcance de todos, e da moeda social que se chamará Ita. Além de aquecer a economia local, vai beneficiar milhares de moradores da cidade que estejam inscritos no CadÚnico.
O DIA – A cidade tem necessidades urgentes como a Saúde, a Educação, a Segurança e a economia, onde não faltam recursos inclusive. Como pretende equacionar essas carências?
Donizete – Itaguaí tem cerca de 116 mil habitantes e recebe quase R$ 100 mil por hora de arrecadação. O orçamento de Itaguaí gira em torno de R$ 1,2 bilhão por ano. O que falta é uma boa administração para gerir esses recursos para que sejam aplicados de forma correta. E, quando falo de forma correta, refiro-me à aplicação de tais recursos na Educação, na Saúde, na Cultura, na Segurança Pública... Para se ter uma ideia do que estou falando, basta olhar para a Prefeitura de Itaguaí e notar como eles tratam o Proeis. São carros e motos sendo rebocados. Além de uma irresponsabilidade do atual governo, isso é uma vergonha para Itaguaí. A cidade está desprotegida. Vamos trabalhar forte para aplicar os recursos de forma correta e transparente. O povo de Itaguaí vai saber onde será aplicado cada real que entra na receita da cidade.
O DIA – Como foi a escolha da vice-prefeita?
Donizete – Sempre admirei o perfil da Ana Sagário, mesmo não tendo exercido nenhum cargo político no Executivo ou no Legislativo da cidade. No entanto, a Ana tem uma história em Itaguaí, já que é filha de José Sagário Filho, ex-prefeito do município, que ganhou prêmios na Educação e na Saúde. A escolha dela é porque sei que ela herdou isso do pai, ou seja, preocupar-se com as duas áreas vitais para o desenvolvimento de uma cidade. E tem o lado feminino, que é forte, corajoso, proativo. Sei que a mulher é subestimada no nosso município e, por isso mesmo, decidi escolher a Ana para mostrar o quanto é bem preparada para ocupar um cargo importante na Prefeitura de Itaguaí.
O DIA – Se for eleito, como vai conseguir quadros para completar sua gestão e como vai conseguir recursos estaduais e federais?
Donizete – O quadro para governar a cidade será formado por pessoas daqui de Itaguaí e não terei dificuldade para montar a equipe. Os nomes do secretariado serão baseados em uma escolha técnica. A minha preocupação é fazer a cidade andar, não podemos encher a máquina com indicações. Quatro anos passam rápido e é preciso velocidade para solucionar o que tem de errado no município. O povo quer uma resposta imediata. Vou montar um quadro que consiga enxugar a máquina e fazer um planejamento para o desenvolvimento de Itaguaí de curto, médio e longo prazos. Sobre os recursos federais, temos cinco deputados federais unidos conosco neste projeto de acreditar numa cidade melhor para todos. Temos vários deputados estaduais, inclusive posso citar o Rodrigo Bacellar, presidente da Alerj, além, é claro, do Governo do Estado que está ali junto do Bacellar. Eu mesmo apoiei o governador nas eleições passadas, tenho certeza de que ele terá um olhar especial para Itaguaí. Ele mesmo injetou R$ 22 milhões para reforma do Hospital São Francisco Xavier, uma pena que a obra não tenha saído do papel e permaneça parada por causa da Prefeitura de Itaguaí. Não terei nenhuma dificuldade para me relacionar com os governos estadual e federal.
O DIA – Quais os pontos positivos que o senhor enxerga nesta gestão e quais manteria?
Donizete – Não enxergo ponto positivo nesta atual gestão. Não consigo enxergar ponto positivo em uma pessoa que não tem sensibilidade para ajudar os que precisam. O governo que deixa faltar dipirona em uma farmácia não merece nem ser chamado de “governo”. A única coisa que ele fez e terá continuidade é a praça. Ele fez uma no bairro do Teixeira e daremos sequência nas melhorias. Inclusive faremos praças em vários lugares. Agora, o que adianta fazer praça e deixar faltar medicamentos nas farmácias?
Considerações finais: “Quero agradecer a todos pela confiança neste projeto que é a chapa União por Itaguaí e pedir que votem 44 no dia 6 de outubro. A intenção é fazer de Itaguaí uma cidade para todos. Tenho uma gratidão imensa pelo município e quero servir de corpo e alma à população. O que conquistei aqui nesta cidade é o que quero para você e para sua família. Podem ter certeza de que serei um prefeito de verdade, sensível para entender as carências da população”, disse Donizete, candidato da União Brasil.
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