Firjan orienta empresários do noroeste sobre experiência de sucesso em administração

Itaperuna - Experiências e dicas de administração que levaram empresa Copapa, de Santo Antônio de Pádua, a se tornar uma das maiores do Brasil no ramo de papeis sanitários foram repassadas a empresários do noroeste fluminense, em palestra promovida pela Federação da Indústria do Estado do Rio (Firjan), em Itaperuna.

A proposta da Firjan foi compartilhada pelo diretor executivo da Copapa, Fernando Pinheiro, em palestra sobre “Gestão e Desafios de Empresas Familiares”. O presidente da Firjan Noroeste, José Magno Vargas Hoffmann, avalia que o evento foi uma edição especial: “Pudemos compartilhar da experiência de sucesso da Copapa, empresa orgulhosamente sediada em nossa região”.

Hoffmann avalia que, mais do que uma apresentação, Fernando Pinheiro (que também é conselheiro da Firjan), considerado um dos maiores responsáveis por elevar o patamar da companhia, promoveu uma aula inspiradora, “trazendo alguns conceitos sobre gestão corporativa familiar e sua experiência na companhia paduana, criada em 1960 por duas famílias empreendedoras”.

Segundo o palestrante, em 2008 ele foi convidado a assumir a direção da empresa, e reorganizou os licenciamentos ambientais, modernizou os maquinários e atualizou o portfólio; ele pontua que as medidas contribuíram para aumentar a produção, para 140 toneladas diárias, com crescimento de 330% na receita bruta.

PRIMEIRAS MEDIDAS - “Eu estava em São Paulo e vim movido pelo desafio de não só recuperar a empresa, mas de beneficiar as pessoas e a sociedade em seu entorno”, ressalta o empresário destacando: “Fizemos uma reviravolta no negócio e hoje é uma das maiores empregadoras da região, tornando-se a quinta maior do ramo no país, com clientes por todo o Sudeste, além da Bahia, Goiás, Distrito Federal e outros estados”.

Entre as primeiras medidas, Fernando Pinheiro diz ter adotado a implementação dos elementos de gestão corporativa, tais como, planejamento estratégico, código de ética, auditorias internas e externas, entre diversas outras ações: “O planejamento sucessório também teve importância, tendo em vista que apenas 30% das empresas familiares chegam à terceira geração, e apenas 15% sobrevivem a ela”.

Outro dado relevante apontado pelo empresário é que 67% das empresas familiares colocam pouco ou nenhum foco em sustentabilidade ambiental, social e de governança corporativa. A importância do conceito e da diversidade para a produtividade da empresa também teve destaque: “Pessoas à margem da sociedade foram contratadas e demonstraram um desempenho exemplar, mobilizando, ainda, as estruturas da empresa e os funcionários para que houvesse um tratamento adequado”, conclui Fernando Pinheiro.