Publicado 18/06/2024 16:38
O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), abriu um procedimento administrativo interno para apuração da causa e origem do incêndio que atinge o Parque Nacional do Itatiaia (PNI) desde a última sexta-feira.
PublicidadeO fogo teve início no dia 14 de junho, por volta das 14 horas, na Parte Alta do Parque, próximo ao Morro do Couto e da portaria da Parte Alta (Posto Marcão). A localidade fica aproximadamente a 2.500 metros de altitude.
Segundo as câmeras de monitoramento instaladas no local, um princípio de incêndio foi observado por volta de 14:08, próximo a diversos veículos do Exército. Poucos minutos depois, o comboio militar se afasta e vai embora do parque. Em seguida, a equipe de brigada do local aciona o alerta e inicia o combate ao fogo, que se estende até esta terça-feira, sem previsão de término.
Até o momento 200 hectares foram atingidos. A operação desta terça-feira (18), envolve cerca de 73 combatentes de diversas instituições, incluindo a brigada do Parque Nacional do Itatiaia/Instituto Chico Mendes (ICMBio), Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro (CBMERJ), IBAMA (PREVFOGO), Exército, Parquetur, além de equipes de outras unidades do ICMBio, como a APA da Mantiqueira e o Parque Nacional da Tijuca. Contamos também com o apoio da Prefeitura de Itamonte e da The Nature Conservancy (TNC).
Além disso, as equipes dispõem de dois helicópteros, um do CBMERJ e outro do Exército, concentrando esforços nas operações aéreas para alcançar áreas de difícil acesso para os brigadistas. Segundo o ICMBio, neste momento, o fogo está controlado, embora existam alguns pontos de calor em áreas de difícil acesso que requerem atenção contínua das equipes. Informou ainda que uma apuração detalhada vai auxiliar na investigação da causa do incêndio. Para isso, os vídeos das câmeras de monitoramento da região serão utilizados e será feito o mapeamento da área com o uso de drone com câmera de infravermelho.
A instituição afirmou que as perdas são difíceis de se dimensionar porque, além da perda da biodiversidade com espécies raras e endêmicas, que muitas são desconhecidas, há impactos cumulativos e de longo prazo que ainda não há como prever. Há o impacto à paisagem e à visitação, com a degradação de trilhas e áreas de escalada. A destruição e fragmentação de habitats com impacto direto à fauna e à flora. Outro aspecto importante é a perda de solo. Os solos das áreas de montanha são fortemente afetados por incêndios florestais, especialmente pelas altas declividades que favorecem a formação de processos erosivos com a ação dos ventos e das chuvas.
Em nota, a Academia Militar das Agulhas Negras (Aman) esclareceu que, após o término de exercício realizado no Parque Nacional de Itatiaia, militares identificaram um foco de incêndio no local e deram início ao combate ao fogo. No comunicado, o Exército afirma que “devido aos fortes ventos e à vegetação seca, o fogo se alastrou, não sendo possível sua contenção”.
Em nota, a Academia Militar das Agulhas Negras (Aman) esclareceu que, após o término de exercício realizado no Parque Nacional de Itatiaia, militares identificaram um foco de incêndio no local e deram início ao combate ao fogo. No comunicado, o Exército afirma que “devido aos fortes ventos e à vegetação seca, o fogo se alastrou, não sendo possível sua contenção”.
Por razões de segurança dos visitantes e das equipes envolvidas no controle do incêndio, a visitação na Parte Alta do Parque continuará suspensa pelo menos até esta quarta-feira (19), podendo ser prorrogada.
Leia mais
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.