Iniciativa das paralisações que começou na sexta-feira (27), é liderada pela Federação Única dos Petroleiros (FUP)Foto: Ilustração
Publicado 28/10/2023 16:37
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Macaé - Os sindicatos de petroleiros iniciarão paralisações com o objetivo de pressionar a Petrobras nas negociações do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT). Entre as reivindicações da categoria, estão um reajuste real de 3% nos salários, 3,8% referente à reposição das perdas passadas e equiparação das tabelas salariais da Petrobras e suas subsidiárias.
As assembleias realizadas em todo o país desde 18 de setembro resultaram na rejeição da segunda contraproposta da Petrobras, que oferecia 1% de ganho real, além da reposição da inflação, totalizando 5,66% de reajuste.
A iniciativa das paralisações que começou na sexta-feira (27), é liderada pela Federação Única dos Petroleiros (FUP) e pela Federação Nacional dos Petroleiros (FNP). Deyvid Bacellar, coordenador geral da FUP, mencionou que essas paralisações costumam durar de três a quatro horas, apresentando diferentes formatos.
As paralisações se iniciarão nas refinarias e usinas termelétricas da Petrobras, estendendo-se para as subsidiárias na segunda-feira, 30, unidades administrativas na terça-feira, 31, e culminando com paralisações nas bases de Exploração e Produção na quarta-feira, 1º de novembro. Essa ação tradicionalmente resulta em atrasos nas atividades dos trabalhadores.
Além das questões salariais, a categoria tem outras demandas em negociação, como o resgate do plano de saúde AMS e da previdência complementar, a Petros. Entre as outras pautas, incluem-se questões relacionadas a transferências compulsórias, a política de recomposição de efetivo via concurso público, pagamento de horas-extras e regras para teletrabalho, entre outros temas.
É importante ressaltar que algumas dessas demandas dependem da revisão de normas pela Secretaria de Coordenação e Governança das Estatais, vinculada ao Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos. Segundo fontes, reuniões frequentes têm ocorrido com técnicos, mas as partes envolvidas desejam envolver diretamente a ministra da pasta, Esther Dweck. A principal reivindicação está relacionada ao plano de saúde da categoria e suas taxas de custeio.
Com as paralisações em andamento, o setor petrolífero está atento ao desenrolar das negociações entre os sindicatos de petroleiros e a Petrobras, considerando seu impacto nas operações e no cenário energético do país. O jornal O Dia - Projeto Cidades está tentando contato com a Petrobras para comentar o caso. A matéria segue em atualização.
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