Publicado 22/05/2024 12:58 | Atualizado 22/05/2024 12:58
Macaé - Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) apontam que uma em cada sete crianças e adolescentes entre 10 e 19 anos (14%) sofre de problemas de saúde mental. Segundo o psiquiatra Leonardo Xisto, o uso excessivo da internet pode dificultar o diagnóstico de transtornos mentais.
Publicidade“Alguns transtornos como ansiedade, depressão e déficit de atenção podem ser mascarados devido ao ‘alívio’ momentâneo que a retenção da atenção e interesse pelo conteúdo pode causar”, afirma o médico.
Xisto explica que a internet oferece uma fuga da realidade, atenuando o sofrimento causado por essas doenças. “O uso excessivo de telas traz a sensação de acalmar pensamentos excessivos, liberando neurotransmissores que geram prazer e mantêm o adolescente preso nas redes. Isso alivia momentaneamente questões que necessitariam de atenção, prejudicando o desenvolvimento adequado da capacidade de lidar com esses pensamentos acelerados e preocupações”, destacou.
A psicóloga Thais Aparecida Gomes concorda com o médico e reforça que o uso excessivo da internet pode normalizar sintomas de transtornos mentais, dificultando seu diagnóstico. “Um humor deprimido pode ser visto como normal se o adolescente já está habituado a ficar ‘quieto’ enquanto está imerso em jogos e atividades online, passando despercebido pelos pais”, afirma Thais.
Ela enfatiza que o uso de telas pode dar uma falsa impressão de alívio, pois o adolescente utiliza a internet como um escape. “O tempo excessivo nas redes sociais pode aumentar a procrastinação, irritabilidade, impaciência e falta de concentração, todos sintomas característicos de ansiedade”, explica.
Para um uso saudável da internet, o psiquiatra recomenda reduzir o tempo de uso de telas até o máximo possível e evitar totalmente até os 12 anos. “A transição da infância para a adolescência é crucial para o neurodesenvolvimento e desenvolvimento de habilidades interpessoais. A internet deve ser usada principalmente para adquirir conhecimento genuíno”, destaca Xisto.
Ele aconselha os pais a buscarem ajuda ao perceberem qualquer sofrimento ou prejuízo na vida dos adolescentes e enfatiza que as orientações devem começar na infância. “O objetivo é que eles entendam os impactos negativos que o uso excessivo da internet pode causar em suas vidas”, diz.
A psicóloga Thais recomenda que a utilização da internet, especialmente das redes sociais, seja monitorada pelos pais. “O objetivo não é fiscalizar, mas acompanhar de perto qualquer possível perigo. As redes sociais usadas como diários pelos adolescentes podem ser uma oportunidade para os pais monitorarem questões emocionais”, enfatiza.
Segundo a OMS, os transtornos de ansiedade são os mais prevalentes entre os adolescentes, afetando 3,6% dos jovens de 10 a 14 anos e 4,6% dos jovens de 15 a 19 anos. A depressão ocorre em 1,1% dos adolescentes de 10 a 14 anos e 2,8% dos adolescentes de 15 a 19 anos. Os distúrbios comportamentais, como o transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), afetam 3,1% dos jovens de 10 a 14 anos e 2,4% dos jovens de 15 a 19 anos.
Xisto explica que a internet oferece uma fuga da realidade, atenuando o sofrimento causado por essas doenças. “O uso excessivo de telas traz a sensação de acalmar pensamentos excessivos, liberando neurotransmissores que geram prazer e mantêm o adolescente preso nas redes. Isso alivia momentaneamente questões que necessitariam de atenção, prejudicando o desenvolvimento adequado da capacidade de lidar com esses pensamentos acelerados e preocupações”, destacou.
A psicóloga Thais Aparecida Gomes concorda com o médico e reforça que o uso excessivo da internet pode normalizar sintomas de transtornos mentais, dificultando seu diagnóstico. “Um humor deprimido pode ser visto como normal se o adolescente já está habituado a ficar ‘quieto’ enquanto está imerso em jogos e atividades online, passando despercebido pelos pais”, afirma Thais.
Ela enfatiza que o uso de telas pode dar uma falsa impressão de alívio, pois o adolescente utiliza a internet como um escape. “O tempo excessivo nas redes sociais pode aumentar a procrastinação, irritabilidade, impaciência e falta de concentração, todos sintomas característicos de ansiedade”, explica.
Para um uso saudável da internet, o psiquiatra recomenda reduzir o tempo de uso de telas até o máximo possível e evitar totalmente até os 12 anos. “A transição da infância para a adolescência é crucial para o neurodesenvolvimento e desenvolvimento de habilidades interpessoais. A internet deve ser usada principalmente para adquirir conhecimento genuíno”, destaca Xisto.
Ele aconselha os pais a buscarem ajuda ao perceberem qualquer sofrimento ou prejuízo na vida dos adolescentes e enfatiza que as orientações devem começar na infância. “O objetivo é que eles entendam os impactos negativos que o uso excessivo da internet pode causar em suas vidas”, diz.
A psicóloga Thais recomenda que a utilização da internet, especialmente das redes sociais, seja monitorada pelos pais. “O objetivo não é fiscalizar, mas acompanhar de perto qualquer possível perigo. As redes sociais usadas como diários pelos adolescentes podem ser uma oportunidade para os pais monitorarem questões emocionais”, enfatiza.
Segundo a OMS, os transtornos de ansiedade são os mais prevalentes entre os adolescentes, afetando 3,6% dos jovens de 10 a 14 anos e 4,6% dos jovens de 15 a 19 anos. A depressão ocorre em 1,1% dos adolescentes de 10 a 14 anos e 2,8% dos adolescentes de 15 a 19 anos. Os distúrbios comportamentais, como o transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), afetam 3,1% dos jovens de 10 a 14 anos e 2,4% dos jovens de 15 a 19 anos.
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