Publicado 15/10/2024 11:13
Macaé - Uma questão da prova de Língua Portuguesa, aplicada no último domingo (13) para o cargo de professor pela Prefeitura de Macaé, foi anulada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) após ser duramente criticada por seu teor machista e misógino. A pergunta exigia que os candidatos identificassem uma frase que não expressasse crítica à ideia de que “a mulher fala demais”, incluindo alternativas consideradas ofensivas.
PublicidadeEntre as opções, estavam frases como: “A língua é a última coisa que morre numa mulher” e “Gosto de mulheres jovens: suas histórias são menores”. O conteúdo gerou indignação entre os candidatos e também nas redes sociais, levando o deputado federal Reimont (PT) a manifestar publicamente sua desaprovação. Em uma postagem, o parlamentar classificou a questão como "ofensiva e pejorativa a todas as mulheres", e enviou um ofício à FGV cobrando explicações formais.
Diante das críticas, a FGV emitiu um comunicado oficial, confirmando a anulação da questão e justificando que o item não condizia com os princípios defendidos pela instituição. A Prefeitura de Macaé, por sua vez, repudiou qualquer conteúdo de teor ofensivo em provas de concursos públicos e esclareceu que a elaboração das questões é de inteira responsabilidade da banca contratada, sem interferência da administração municipal.
Além da questão mencionada, a FGV também anulou outro item da prova de Língua Portuguesa, por não estar em conformidade com os padrões institucionais. As anulações impactam diretamente os candidatos aos cargos de Professor A, Professor de Atendimento Educacional Especializado (AEE) e Professor Tradutor e Intérprete de Libras.
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