Polícia Civil prende ex-advogado da Arquidiocese do RJ acusado de homicídio qualificado.Divulgação/Polícia Civil RJ.
Publicado 10/02/2022 11:18
Magé - Policiais Civis lotados da 66ª DP – Piabetá, coordenados pelo Delegado de Polícia Ângelo Lages, prenderam no Recreio dos Bandeirantes, o advogado Antonio Passos Costa de Oliveira, de 72 anos cumprindo um mandado de prisão preventiva, expedido em julho de 2019, pela 4ª Vara Criminal da Capital.
Antonio é acusado de matar o namorado de sua ex-esposa em agosto de 2011, o português Rolando Emanuel Morgado Simões Palma. O português foi morto a tiros na Avenida Afonso de Taunay, na Barra da Tijuca, dentro de seu carro. A ex-esposa do acusado, Regina Márcia D'Ávila de Oliveira, também estava no carro e foi atingida de raspão na cabeça na ocasião.
O advogado contou em depoimento para a polícia que atirou para impedir que a ex-mulher saísse do país com seu filho, de 13 anos na época, sem sua autorização, quando ela saía de casa com o namorado e o filho. Ele aproveitou que o portão da garagem do prédio abriu, entrou no imóvel e atirou em Rolando, atingido com dois tiros no pescoço e na perna. Em seguida, o advogado atirou na ex-mulher e fugiu ainda atirando. Regina Márcia foi levada ao Hospital Lourenço Jorge e depois encaminhada à delegacia para prestar depoimento. O menino estava no carro, mas não ficou ferido. A vítima, de 49 anos há época, era engenheiro e professor, deixou três filhos que residem em Portugal.
Antonio Passos que foi advogado da arquidiocese do Rio de Janeiro por trinta anos, ganhou notoriedade quando impediu que escolas de sambas utilizassem arte sacra nos desfiles da Sapucaí no carnaval do RJ, ficou preso preventivamente por 06 meses, sendo solto em fevereiro de 2012.
Em julho de 2019 foi novamente decretada sua prisão preventiva uma vez que, segundo decisão da Justiça, o mesmo não compareceu às duas sessões plenárias marcadas pelo Tribunal do Júri e teria se ausentada do Estado sem informar seu paradeiro, havendo notícias que teria se mudado para Bahia.
Após cruzamento de dados e informações colhidas em fontes abertas, realizadas pelo setor de inteligência da 66ª DP, foi possível localizar o foragido que não resistiu a prisão.
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