Publicado 28/04/2022 07:59
Magé - A diversidade genética de três tipos de plantas de manguezais encontradas em Magé está sendo estudada por pesquisadores. Há cerca de um ano, o mestrando da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFFRJ) Alan Andrade dos Santos e sua orientadora, a bióloga Catarina da Fonseca Lira, do Jardim Botânico do Rio de Janeiro, vêm regularmente à cidade para medir, coletar amostras e mensurar o aumento do número de espécies de mangues branco, negro e vermelho. A pesquisa tem recebido todo o apoio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, que vem auxiliando os estudiosos em suas incursões no Parque Natural Barão de Mauá, no quinto distrito.
O secretário de Meio Ambiente, Sílvio Furtado, faz questão de lembrar que os pesquisadores são bem-vindos ao município: “Quando a nova sede do parque estiver pronta, eles terão alojamento e laboratório à disposição. Além disso, vão poder desfrutar de 1 km de rampas suspensas para caminhada no manguezal e observatório de aves”. Ele conta que, só na unidade de conservação de Mauá, há estudos sendo desenvolvidos por outras instituições, como a Uni-Rio, a UFRJ, o IFRJ e a UFF. Diretor do parque, Adeimantos Carlos da Silva explica que a Prefeitura disponibiliza um técnico para acompanhar os pesquisadores em campo.
Ele também lembra que o interesse do Jardim Botânico do Rio pelo manguezal em Magé se deu a partir do aparecimento dos primeiros resultados do reflorestamento que vem sendo feito há anos.
Mestrado
Mesmo com todo o histórico de poluição da Baía de Guanabara, o manguezal do Parque Barão de Mauá parece estar se desenvolvendo e crescendo bem. Essa é a percepção do mestrando Alan Andrade que tem estudado espécies de mangue da região. Ele e a orientadora Catarina estão coletando amostras – serão 240 no total – e medindo a altura e o diâmetro das plantas do manguezal em 60 parcelas (áreas) de 100 m2. O que eles querem com o estudo é entender a diversidade genética do local e definir se a chegada de novos indivíduos (exemplares) no mangue se deve a sementes trazidas pela maré ou por polinização.
Alan também diz que conhecer essa diversidade pode ajudar o local a sobreviver a casos extremos, como os de derramamento de óleo na Baía de Guanabara. “Apesar de ainda não termos os resultados das nossas coletas, posso dizer que, mesmo com o lixo e a poluição, vejo coisas positivas. Há muito mais plantas em crescimento do que havia anos atrás, quando fiz outra pesquisa no parque”, comenta a professora Catarina. Ela e o aluno ficarão mais quatro meses em campo. As amostras coletadas estão sendo levadas para análise no Laboratório de Biologia Molecular do Jardim Botânico, na Zona Sul do Rio.
Alan também diz que conhecer essa diversidade pode ajudar o local a sobreviver a casos extremos, como os de derramamento de óleo na Baía de Guanabara. “Apesar de ainda não termos os resultados das nossas coletas, posso dizer que, mesmo com o lixo e a poluição, vejo coisas positivas. Há muito mais plantas em crescimento do que havia anos atrás, quando fiz outra pesquisa no parque”, comenta a professora Catarina. Ela e o aluno ficarão mais quatro meses em campo. As amostras coletadas estão sendo levadas para análise no Laboratório de Biologia Molecular do Jardim Botânico, na Zona Sul do Rio.
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