Prefeitura de Magé faz parceria pela segurança de patrimônio religioso.Divulgação.
Publicado 10/08/2022 12:29 | Atualizado 10/08/2022 21:00
Magé - As ruínas da Capela de Sant’Anna são um famoso cartão-postal de Magé e representam o apogeu econômico do que foi essa região há mais de 200 anos. Mas a fama também tem ameaçado a segurança e conservação do local: a Paróquia responsável relatou ao governo municipal a necessidade de segurança por denúncias invasores usarem o local para ensaios fotográficos com nudez, para uso de drogas e prática de sexo.
Na última semana o pároco Leonardo Tassinari recebeu a vice-prefeita de Magé Jamille Cozzolino, o secretário de Comunicação e Eventos Bruno Lourenço, juntamente com a primeira-dama Lara Torres, o vereador Vinícius Nina e a subsecretária de Educação e Cultura, Rita de Cássia Rodrigues .
“Sabemos da importância histórica da Igreja de Sant’Anna de Iriri e seu valor também para toda essa comunidade, e agora esse patrimônio vai contar com o apoio da Prefeitura na vigia para que essa estrutura seja conservada e respeitada”, destacou a vice-prefeita.
Sentido especial que formação de um rosário
As ruínas fazem parte do tombamento provisório datado de 18 de janeiro de 1989 e registrado Inepac – Instituto Estadual do Patrimônio Cultural. De acordo com o tombamento, a Igreja de Sant’Anna passou a fazer parte desses registros em 1995, a partir de um trabalho desenvolvido pela paróquia de Magé, que o atual pároco Pe. Leonardo Tassinari conta que foram localizadas na citação sobre as ruínas de Vila nca na obra de Monsenhor Pizarro, Memórias Históricas do Rio de Janeiro, de 1820. Esta publicação foi objeto de um interessante trabalho de reconstrução e análise realizado pelo padre Montezzano, pároco local da época.
Segundo o Inepac, oito imóveis que integram esse processo de tombamento, mais as Igrejas de Nossa Senhora da Guia de Pacobaíba e de São Nicolau de Suruí – todos em Magé, além da Igreja de Nossa Senhora da Ajuda e a Capela de Nossa Senhora da Conceição, atualmente no município de Guapimirim, formam uma rede de igrejas e capelas construídas desde o início da colonização em volta da Baía de Guanabara. Os templos, na maioria dedicados às diferentes invocações de Nossa Senhora, formam como um colar – um rosário – de edificações brancas com suas fachadas voltadas para a praia que se destacam na paisagem verde das serras e compõem o cenário de fundo da orla norte da Baía.
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