Publicado 31/03/2023 18:14
Magé - A luta pela não-violência contra mulheres ganhou mais um importante reforço em Magé. Na tarde desta quinta-feira (30), a Prefeitura lançou o Serviço Especializado de Responsabilização do Homem Agressor – SER Homem, que receberá homens agressores encaminhados judicialmente para um grupo reflexivo para reavaliar a mentalidade e postura em busca de um novo comportamento perante à sociedade.
“Esse é um serviço que veio por uma determinação por ordem do juizado, para que os homens que pratiquem crimes de menor potencial ofensivo contra as mulheres sejam encaminhados para um serviço de responsabilização para refletir sobre a prática da violência doméstica e mudarem a concepção deles para que não voltem a cometer esse crime”, detalhou a secretária de Assistência Social e Direitos Humanos, Flávia Gomes.
“Esse é um serviço que veio por uma determinação por ordem do juizado, para que os homens que pratiquem crimes de menor potencial ofensivo contra as mulheres sejam encaminhados para um serviço de responsabilização para refletir sobre a prática da violência doméstica e mudarem a concepção deles para que não voltem a cometer esse crime”, detalhou a secretária de Assistência Social e Direitos Humanos, Flávia Gomes.
Magé se tornou o segundo município a adotar o serviço como política pública de enfrentamento à violência doméstica, atendendo o inciso V do artigo 35 da Lei Maria da Penha. Cada homem encaminhado precisa participar de oito encontros como parte das penalidades do processo a qual responde,
“Dentro da dinâmica da violência doméstica, o homem figura como autor, e no enfrentamento a essas situações a sociedade trabalha com a mulher. É importantíssimo que se faça isso, mas não se pode deixar de lado a causa principal que são os homens. O grupo reflexivo visa compreender que essas atitudes são criminosas e desenvolver recursos para a resolução dos conflitos sem o uso de violência”, explicou Paulo Sarcon, psicólogo responsável pelo SER Homem.
A metodologia do SER Homem conta com dinâmicas disparadoras de conversas e preconiza o respeito, as diferenças e a fala, para que os participantes possam dialogar sobre si. O grupo reflexivo não trabalha com a culpabilização do criminoso, que é viés do Poder Judiciário, e sim com a responsabilização através da reflexão dos atos para que não voltem a ser cometidos em relacionamentos futuros.
“Como estamos iniciando o serviço no município, a princípio esses homens são jurisdicionados, ou seja, que estão respondendo processo de violência doméstica. Mais para frente vamos atender homens encaminhados via medida protetiva, aumentando o fluxo do atendimento, e um pouco mais à frente vamos receber homens voluntários. Vamos promover ações de prevenção para divulgar o serviço”, finalizou Paulo.
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