Patrulha Maria da Penha chega em MagéDivulgação
Publicado 29/05/2024 17:52
Magé - Proteger e assegurar os direitos das mulheres que sofreram ou sofrem algum tipo de violência doméstica. Esse é o objetivo da Patrulha Maria da Penha, uma parceria entre o Município de Magé, Polícia Militar, Poder Judiciário e toda Rede Socioassistencial, que juntos formam um sistema de proteção às mulheres mageenses. Para esta força-tarefa se concretizar, na manhã desta terça-feira (28/06), durante cerimônia realizada no Auditório Casa Dos Conselhos de Magé, foi dado o pontapé inicial durante uma capacitação da Equipe Patrulha Maria da Penha.
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Patrulha Maria da Penha chega em Magé - Divulgação
Patrulha Maria da Penha chega em MagéDivulgação


“Hoje, mais um importante passo ocorreu para que a Lei se materialize de fato, nossa Guarda Municipal e diversos outros atores que compõem a rede, receberam a primeira de muitas capacitações. Foi um momento extremamente importante de muitas informações e trocas de saberes, que, com certeza, contribuirão de forma positiva na efetivação da Patrulha Maria da Penha Municipal”, disse a secretária de assistência social Flávia Gomes.

Magé sancionou em 2022, através do governo Renato Cozzolino, a Lei Patrulha Maria da Penha Municipal, o que significou um avanço expressivo na implementação de políticas públicas para mulheres no município.

A capacitação contou com diversas autoridades; a Juíza titular da Comarca de Guapimirim, Dra. Rafaela Freitas, a Promotora de Justiça do Ministério Público, Dra Erika Puppim, a Delegada Titular da DEAM de Duque de Caxias , Dra. Fernanda Fernandes, o Secretário de Segurança e Ordem Pública de Guapimirim, Wallace Gulinelli, além da participação do Coordenador do Programa Mulher Mais Segura de Guapimirim, Sr. Dias.
Patrulha Maria da Penha chega em MagéDivulgação


“O trabalho do programa começa no momento que o juizado defere a medida protetiva. Para isso, é fundamental que as mulheres em situação de violência, depois do atendimento de emergência, façam o registro de ocorrência em uma delegacia. Esse registro é o primeiro passo para a obtenção da medida protetiva” – explicou a juíza titular da Comarca de Guapimirim, Dra Rafaela Freitas.

De acordo com a juíza, a patrulha é avisada sobre o deferimento da medida e faz, então, o primeiro contato com a vítima através de um número de telefone institucional. Cada patrulha, de cada batalhão, tem o seu próprio número. Neste primeiro contato, é marcada uma entrevista de acolhimento, no lugar de preferência da vítima, e é realizado um formulário de risco, com aplicação de instrumentos técnicos, para avaliar o risco que a vítima está correndo.

“A patrulha quando faz acompanhamento com mulheres leva mais segurança para elas e sinaliza para o autor de violência que essa mulher não está sozinha. E que se tentar descumprir essa medida protetiva, ele seguramente será preso. É muito importante que as mulheres aceitem esse acompanhamento e denunciem", finalizou a juíza.

O serviço de “Disque denúncia” está disponível para que a população possa colaborar, informando sobre casos de violência doméstica, através dos números 181 ou 190, garantindo anonimato e confidencialidade.

Visitas periódicas

Visitas periódicas às residências das vítimas são realizadas para verificar o cumprimento das medidas protetivas de urgência, determinadas pela Justiça, e reprimir eventuais atos de violência. Nas visitas e rondas diárias, é adotado todo um cuidado social e humano, com entrega de cartilhas sobre o programa.

As viaturas não possuem identificação do programa para preservar as vítimas e sempre há uma guarda mulher na equipe para que as assistidas tenham mais liberdade para relatar suas histórias e receber orientações.
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