Publicado 09/08/2022 09:44 | Atualizado 09/08/2022 09:46
Maricá - A Prefeitura de Maricá, por meio da Secretaria de Saúde, participou entre os dias 05 e 07/08, do 5º Congresso Estadual de Medicina da Família e Comunidade (AMFaC-RJ), realizado na Universidade Federal Fluminense (UFF), em Niterói. O evento abordou as ações da Atenção Primária voltadas ao enfrentamento das desigualdades sociorraciais e contou com a apresentação de cinco trabalhos elaborados por profissionais maricaenses, tratando do acolhimento à população LGBTQIA+; da aplicação da telemedicina no enfrentamento à Covid-19; da ampliação dos serviços oferecidos aos moradores; além de experiências que retratam o dia a dia nas Unidades de Saúde da Família (USF).
Também foram expostos os projetos de expansão e fortalecimento da rede em um estande dedicado a Maricá, que reuniu centenas de profissionais durante os três dias de atividades. O espaço foi fundamental para o intercâmbio de vivências entre congressistas e palestrantes, possibilitando também que outras pessoas conhecessem as experiências exitosas desenvolvidas na cidade e debatessem novas abordagens para otimizar a assistência à população.
“É de suma importância que estejamos presentes em um espaço de diálogo e construção coletiva da saúde pública, cooperando para o crescimento da Atenção Primária. A participação dos médicos da cidade foi essencial para trocar experiências, além de contribuir para o aprimoramento pessoal e profissional, algo crucial para oferecer um atendimento mais qualificado aos moradores”, ressaltou Shirley Linhares, superintendente de Atenção Primária à Saúde da Fundação Estatal de Saúde de Maricá (Femar).
Trabalhos apresentados integram conhecimento e vivências
Cerca de 30 médicos de Maricá participaram do congresso e, entre eles, cinco transformaram a realidade profissional em trabalho científico. Alessandra Andrade, que atualmente trabalha na USF Elenir Umbelino de Mello, no Flamengo, foi uma delas. A médica apresentou o estudo “Acolhimento à população LGBTQIA+, um relato de experiência na USF Central” e ressaltou a importância de abordar a temática, amplificando experiências que otimizam o acolhimento a essas pessoas na Estratégia de Saúde da Família.
“É essencial poder apresentar um trabalho voltado à população LGBTQIA+ no congresso. Muitas vezes, esse público é negligenciado no momento do atendimento e precisamos mudar isso, propondo novas abordagens e fazendo com que a equipe tenha um olhar diferenciado e consciente. Essa experiência na USF Central foi um passo importante para a melhoria do acolhimento, mostrando que também há ações voltadas a esse grupo em outros municípios da Região Metropolitana, como é o caso de Maricá”, afirmou.
A coordenadora médica Deborah Sardinha também apresentou um trabalho durante o evento, lembrando as restrições nos atendimentos presenciais em momentos críticos da pandemia, reforçando o papel do teleatendimento nesse período.
“Foi muito importante falar sobre o processo de reorganização do acolhimento durante a pandemia da Covid-19, com a inclusão do teleatendimento para a população. A partir da apresentação do trabalho, destacamos a expansão da Atenção Primária em Maricá, que só ganha melhorias, principalmente com a ampliação da carteira dos serviços oferecidos”, acrescentou.
Dados comprovam o crescimento da Atenção Primária
A rede de saúde se fortalece em Maricá. Atualmente, 98% do município é coberto pela Estratégia de Saúde da Família, que inclui 25 USF, 54 equipes de saúde da família, 21 de saúde bucal, uma voltada à saúde indígena e seis que integram o Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF). Além disso, a cidade obteve a melhor pontuação entre as cidades da Região Metropolitana II no ranking do programa Previne Brasil, do Ministério da Saúde, o que ressalta os avanços na área em meio ao acréscimo, em apenas dois anos, de 100 mil pessoas cadastradas na Estratégia de Saúde da Família, totalizando mais de 171 mil maricaenses assistidos.
Em outra frente, novas unidades de saúde serão entregues. A USF Carlos Alberto Soares de Freitas, que atende os moradores do condomínio Minha Casa Minha Vida (MCMV) de Inoã, já tem um novo espaço definido, bem próximo ao residencial, que começará a ser estruturado em breve. A nova unidade do Serviço de Atenção Especializada (SAE) está em fase final das obras e as novas instalações das USF Ponta Negra, Carlos Marighella (condomínio Minha Casa Minha Vida de Itaipuaçu), Mumbuca e Caxito serão concluídas até o primeiro semestre de 2023.
Outras unidades também estão em obras. É o caso das USF São Bento da Lagoa e Itaocaia Valley, no distrito de Itaipuaçu; além da USF Saco das Flores.
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