Maria Eduarda Aguiar, coordenadora do TransVida, iniciativa do Grupo pela Vidda, posa com Paulinha Única, representante da Secretaria Municipal de Governança na Coordenadoria de Diversidade Sexual de MesquitaDivulgação/ PMM
Publicado 01/02/2023 22:08
Celebrado em 29 de janeiro, o Dia Nacional da Visibilidade Trans ganhou uma celebração especial em Mesquita. Ação aconteceu no Centro Cultural Mister Watkins e teve como tema “Lutas e Conquistas Trans”. Os trabalhos começaram com a apresentação de um vídeo, mencionando importantes conquistas da população trans e também de toda a comunidade LGBTQIAPN+.
“Eu sou trans e sei o quanto a sociedade invisibiliza o nosso grupo. Não adianta você dizer que entende e é simpatizante da causa, é preciso que você se esforce para contratar funcionários trans, que você promova a inclusão dessas pessoas. É basicamente sobre isso que estamos falando, é por isso que lutamos e é esse o nosso maior desejo”, enfatizou Paulinha Única, representante da Secretaria Municipal de Governança na Coordenadoria de Diversidade Sexual de Mesquita.
Antes de começar a conversa, Paulinha agradeceu a presença e todos e pediu uma salva de palmas especial para o público presente no evento – inclusive o próprio pai dela, Armando de Oliveira, que, aos 92 anos, fez questão de apoiar a ação.
Um dos temas mais debatidos ao longo da roda de conversa sobre “Lutas e Conquistas Trans” foi a questão da empregabilidade para pessoas trans. Maria Eduarda Aguiar, coordenadora do TransVida – iniciativa do Grupo pela Vidda –, foi uma das pessoas que levantou não só essa questão, mas também a necessidade de políticas públicas que garantam, de fato, a sobrevivência das pessoas trans. “Querem tratar mulheres trans como homens. Querem eliminar a gente das políticas públicas. É muito triste a gente estar aqui, reunidas num salão, porque ainda apontam para nós nas ruas. Não existe nenhuma superintendência para homens heterossexuais porque eles não precisam disso”, lamentou.
Maria Eduarda Aguiar também aproveitou para estimular a união da população trans para além da militância. “Temos de nos parabenizar, de dizer umas às outras como somos importantes. Todas nós precisamos de alguém para viver. Temos de dar carinho uma a outra, precisamos fazer esse exercício. Vamos nos amar e nos cuidar”, enalteceu.
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