Publicado 23/04/2020 09:02 | Atualizado 23/04/2020 09:34
Inglaterra - A Universidade de Oxford deve lançar nesta quinta-feira testes clÃnicos em humanos para uma vacina contra o novo coronavÃrus, expressando a ambiciosa esperança de poder disponibilizá-la ao público em alguns meses.
Entre as centenas de pesquisas realizadas no mundo para encontrar uma vacina - a única maneira possÃvel, segundo a ONU, de retornar à "normalidade" -, sete estão na fase de testes clÃnicos em seres humanos, segundo a London School of Hygiene and Tropical Medicine.
Esses testes já começaram na China e nos Estados Unidos e devem começar ainda este mês na Alemanha, onde a autoridade federal responsável deu sua autorização na quarta-feira.
Entre as centenas de pesquisas realizadas no mundo para encontrar uma vacina - a única maneira possÃvel, segundo a ONU, de retornar à "normalidade" -, sete estão na fase de testes clÃnicos em seres humanos, segundo a London School of Hygiene and Tropical Medicine.
Esses testes já começaram na China e nos Estados Unidos e devem começar ainda este mês na Alemanha, onde a autoridade federal responsável deu sua autorização na quarta-feira.
Os trabalhos da Universidade de Oxford são apoiados pelo governo britânico, cujo ministro da Saúde, Matt Hancock, anunciou na terça-feira o inÃcio dos testes em humanos nesta quinta. Na Câmara dos Comuns, em parte reunida virtualmente, ele elogiou um "desenvolvimento promissor", enfatizando que normalmente levariam "anos" antes de chegar a tal estágio de pesquisa.
Em sua primeira fase, o estudo conduzido pelo Jenner Institute da Universidade de Oxford, destinado a avaliar a segurança e a eficácia da vacina, envolverá até 1.112 voluntários. Destes, 551 receberão uma dose da potencial vacina contra a COVID-19, e a outra metade uma vacina controle. Dez participantes receberão duas doses da vacina experimental, com espaçamento de quatro semanas.
Estimando em 80% as chances de sucesso, a equipe da professora Sarah Gilbert planeja, paralelamente à pesquisa, produzir um milhão de doses disponÃveis até setembro, a fim de torná-la amplamente disponÃvel no outono (boreal), no caso de sucesso. Mas as equipes que conduzem a pesquisa ressaltam em seu site que esse calendário é "altamente ambicioso" e pode mudar.
Em sua primeira fase, o estudo conduzido pelo Jenner Institute da Universidade de Oxford, destinado a avaliar a segurança e a eficácia da vacina, envolverá até 1.112 voluntários. Destes, 551 receberão uma dose da potencial vacina contra a COVID-19, e a outra metade uma vacina controle. Dez participantes receberão duas doses da vacina experimental, com espaçamento de quatro semanas.
Estimando em 80% as chances de sucesso, a equipe da professora Sarah Gilbert planeja, paralelamente à pesquisa, produzir um milhão de doses disponÃveis até setembro, a fim de torná-la amplamente disponÃvel no outono (boreal), no caso de sucesso. Mas as equipes que conduzem a pesquisa ressaltam em seu site que esse calendário é "altamente ambicioso" e pode mudar.
O diretor de saúde do Reino Unido, Chris Whitty, reconheceu na quarta-feira que a probabilidade de obter uma vacina ou tratamento eficaz "este ano é incrivelmente baixa". Enquanto isso, alertou: "acho que temos que ser realistas sobre isso - teremos que confiar em outras medidas sociais que, obviamente, são muito perturbadoras".
"Aposta" arriscada financeiramente
"Aposta" arriscada financeiramente
Segundo Nicola Stonehouse, professora de virologia molecular da Universidade de Leeds, a estratégia escolhida de não esperar todas as etapas antes de iniciar a produção é uma "aposta" do ponto de vista financeiro. Mas é uma aposta necessária "na situação atual", explica ela à AFP.
A vacina que os pesquisadores de Oxford estão desenvolvendo é baseada em um adenovÃrus modificado que afeta os chimpanzés.
Permite "gerar uma forte resposta imune com uma dose única e não é um vÃrus replicante", portanto "não pode causar infecção contÃnua no indivÃduo vacinado". Isso torna "mais seguro para crianças, idosos" e pacientes com doenças crônicas, como diabetes.
Alvo de crÃticas pela administração da crise, o governo britânico criou no final da semana passada uma "força-tarefa" para coordenar os esforços de pesquisa e poder produzir uma vacina em massa assim que possÃvel.
Ele também apoia as pesquisas do Imperial College de Londres, que espera iniciar os ensaios clÃnicos em junho e que se concentra em uma vacina com um princÃpio diferente.
Encontrar uma vacina é a única maneira possÃvel de voltar à "normalidade" no mundo, alertou na semana passada o secretário-geral das Nações Unidas, Antonio Guterres, pedindo que os projetos em desenvolvimento sejam acelerados.
Na segunda-feira, a ONU adotou uma resolução pedindo acesso "equitativo, eficaz e rápido" a uma possÃvel vacina.
A vacina que os pesquisadores de Oxford estão desenvolvendo é baseada em um adenovÃrus modificado que afeta os chimpanzés.
Permite "gerar uma forte resposta imune com uma dose única e não é um vÃrus replicante", portanto "não pode causar infecção contÃnua no indivÃduo vacinado". Isso torna "mais seguro para crianças, idosos" e pacientes com doenças crônicas, como diabetes.
Alvo de crÃticas pela administração da crise, o governo britânico criou no final da semana passada uma "força-tarefa" para coordenar os esforços de pesquisa e poder produzir uma vacina em massa assim que possÃvel.
Ele também apoia as pesquisas do Imperial College de Londres, que espera iniciar os ensaios clÃnicos em junho e que se concentra em uma vacina com um princÃpio diferente.
Encontrar uma vacina é a única maneira possÃvel de voltar à "normalidade" no mundo, alertou na semana passada o secretário-geral das Nações Unidas, Antonio Guterres, pedindo que os projetos em desenvolvimento sejam acelerados.
Na segunda-feira, a ONU adotou uma resolução pedindo acesso "equitativo, eficaz e rápido" a uma possÃvel vacina.
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