Publicado 29/03/2021 11:37
Um estudo realizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em conjunto com a China, sobre as origens da covid-19, conclui que o cenário mais provável é que o coronavírus foi transmitido de morcegos para humanos através de um outro animal e que a hipótese de vazamento de um laboratório é "extremamente improvável", segundo um esboço do documento obtido pela Associated Press.
A descoberta não avança muito na origem do vírus e deixa questões em aberto. O relatório, porém, traz mais detalhes sobre o raciocínio por trás das conclusões dos pesquisadores. A equipe propôs mais investigações sobre o assunto, exceto sobre a hipótese de vazamento.
O documento, que deverá ser publicado nesta terça-feira, 30, está sendo acompanhado de perto, uma vez que identificar a origem do vírus poderá ajudar cientistas a prevenir pandemias futuras. Mas a questão é também extremamente delicada, visto que a China se recusa a aceitar que seja culpada pela pandemia atual.
Seguidos adiamentos do estudo levantaram dúvidas sobre se os chineses estariam tentando enviesar as conclusões. "Temos sólidas preocupações sobre a metodologia e o processo do relatório, incluindo o fato de que o governo (chinês) aparentemente ajudou a escrevê-lo", disse o Secretário de Estados dos EUA, Antony Blinken, em recente entrevista à CNN. Pequim rejeitou a crítica nesta segunda-feira.
"Os EUA têm se manifestado sobre o relatório. Ao fazer isso, os EUA não estariam tentando exercer pressão política sobre os integrantes do grupo de especialistas da OMS?", questionou o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Zhao Lijian.
O relatório se baseia numa visita de especialistas da OMS a Wuhan, cidade chinesa onde a covid-19 foi inicialmente detectada, entre meados de janeiro e meados de fevereiro. Fonte: Associated Press.
"Os EUA têm se manifestado sobre o relatório. Ao fazer isso, os EUA não estariam tentando exercer pressão política sobre os integrantes do grupo de especialistas da OMS?", questionou o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Zhao Lijian.
O relatório se baseia numa visita de especialistas da OMS a Wuhan, cidade chinesa onde a covid-19 foi inicialmente detectada, entre meados de janeiro e meados de fevereiro. Fonte: Associated Press.
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