Portugal é o país europeu onde a pandemia avança com maior virulênciaAFP
Por AFP
Publicado 22/06/2021 12:45
Lisboa - Depois de ser fortemente afetado pela variante Alfa do coronavírus no início do ano, Portugal se encontra agora sob a ameaça da variante Delta, que pode provocar uma quarta onda de contágios e restrições.
Em torno de dez municípios, incluindo Lisboa, não aplicaram a última fase de desconfinamento que entrou em vigor há dez dias. E, neste fim de semana, as viagens entre a região de Lisboa e o restante do país foram proibidas para evitar que a pandemia se espalhe.
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Anteriormente conhecida como variante indiana e considerada mais contagiosa do que a Alpha detectada no Reino Unido, a variante Delta já se tornou predominante na capital portuguesa e em seus subúrbios, onde representa mais de 60% dos novos casos detectados, informou o Instituto Nacional de Saúde (Insa) no domingo (20).
"Estamos tentando atrasar sua chegada a outras partes do país para que as pessoas possam se proteger mais, com a vacinação", reagiu na segunda-feira (21) a ministra da Saúde de Portugal, Marta Temido, admitindo que "pode ser necessário" aplicar mais restrições.
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"Temos que avaliar o andamento e pedimos o apoio de todos para, na medida do possível, evitar medidas com consequências econômicas e sociais muito graves", acrescentou a ministra.
Portugal vai, neste momento, na contramão da maioria dos países europeus, que continua a suavizar as medidas restritivas contra a covid-19.
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Com um aumento de 54% no número de novos casos diários na última semana, em comparação aos sete dias anteriores, Portugal é o país europeu onde a pandemia avança com maior virulência, à frente do Reino Unido, segundo dados coletados pela AFP.
Na média dos últimos sete dias, os novos surtos diários passaram dos 1.100 casos, contra pouco mais de 300 há seis semanas. O número de pessoas internadas dobrou em um mês, chegando a quase 450 pacientes.
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Quase metade dos quase dez milhões de portugueses receberam uma dose da vacina contra a covid-19, e pouco mais de um quarto (em torno de 25%) está totalmente vacinado.
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