Publicado 15/08/2021 12:18 | Atualizado 15/08/2021 12:19
O presidente do Afeganistão, Ashraf Ghani, deixou o país, onde o Talibã está prestes a assumir o poder, informou neste domingo, 15, o ex-vice-presidente Abdullah Abdullah.
"O antigo presidente afegão deixou o país", disse Abdullah, que também é o chefe do Alto Conselho para a Reconciliação Nacional, em um vídeo postado em sua página no Facebook.
"O antigo presidente afegão deixou o país", disse Abdullah, que também é o chefe do Alto Conselho para a Reconciliação Nacional, em um vídeo postado em sua página no Facebook.
Os talibãs estão muito perto da tomada total do poder no Afeganistão, após uma campanha militar de velocidade surpreendente que os levou até Cabul.
O movimento radical islâmico está a um passa do retornar ao poder, 20 anos depois de ser derrubado por uma coalizão liderada pelos Estados Unidos por sua recusa em entregar o líder da Al-Qaeda, Osama bin Laden, após os ataques de 11 de setembro de 2001.
"O Emirado Islâmico ordena a todas as suas forças que esperem nas portas de Cabul, não tentem entrar na cidade", anunciou no Twitter Zabihullah Mujahid, um porta-voz do Talibã.
Os insurgentes também prometeram que não vão buscar vingança contra ninguém, incluindo soldados ou funcionários que serviram ao atual governo.
"O Emirado Islâmico ordena a todas as suas forças que esperem nas portas de Cabul, não tentem entrar na cidade", anunciou no Twitter Zabihullah Mujahid, um porta-voz do Talibã.
Os insurgentes também prometeram que não vão buscar vingança contra ninguém, incluindo soldados ou funcionários que serviram ao atual governo.
O porta-voz dos insurgentes Suhail Shaheen confirmou à BBC que espera uma transferência pacífica de poder "nos próximos dias". "Queremos um governo inclusivo (...) o que significa que todos os afegãos farão parte dele", disse.
Em apenas dez dias, os talibãs - que lançaram sua ofensiva em maio coincidindo com o início da retirada final das tropas americanas e estrangeiras - assumiram o controle de quase todo o país.
A derrota é total para as forças de segurança afegãs, que foram financiadas por 20 anos com bilhões de dólares pelos Estados Unidos, e para o governo do presidente Ghani, cuja renúncia parece inevitável.
O chefe de Estado apelou às forças de segurança para que garantam "a segurança de todos os cidadãos".
"É nossa responsabilidade e faremos isso da melhor maneira possível. Quem pensar em criar caos ou saques será tratado com força", disse ele em uma mensagem de vídeo.
O Talibã assumiu recentemente o controle de duas prisões perto da capital, libertando milhares de prisioneiros, e as autoridades temiam que os criminosos perturbassem a ordem pública.
Embaixada dos Estados Unidos
A derrota é total para as forças de segurança afegãs, que foram financiadas por 20 anos com bilhões de dólares pelos Estados Unidos, e para o governo do presidente Ghani, cuja renúncia parece inevitável.
O chefe de Estado apelou às forças de segurança para que garantam "a segurança de todos os cidadãos".
"É nossa responsabilidade e faremos isso da melhor maneira possível. Quem pensar em criar caos ou saques será tratado com força", disse ele em uma mensagem de vídeo.
O Talibã assumiu recentemente o controle de duas prisões perto da capital, libertando milhares de prisioneiros, e as autoridades temiam que os criminosos perturbassem a ordem pública.
Embaixada dos Estados Unidos
Os funcionários da embaixada dos Estados Unidos em Cabul foram levados às pressas para o aeroporto da capital afegã, para onde milhares de soldados americanos foram enviados, informou, o secretário de Estado, Antony Blinken.
"Transferimos os homens e mulheres de nossa embaixada para o aeroporto. Por esse motivo, o presidente enviou numerosos militares", explicou à rede ABC.
"Transferimos os homens e mulheres de nossa embaixada para o aeroporto. Por esse motivo, o presidente enviou numerosos militares", explicou à rede ABC.
Apesar da retirada precipitada, o chefe da diplomacia americana rejeitou comparações entre a situação em Cabul e a queda de Saigon, no Vietnã, em 1975, reiterando que os Estados Unidos haviam "alcançado seus objetivos" na guerra do Afeganistão.
"Isso não é Saigon", disse o secretário de Estado à ABC. "Entramos no Afeganistão há 20 anos com uma missão e essa missão era confrontar aqueles que nos atacaram em 11 de setembro. Essa missão foi bem-sucedida".
"Isso não é Saigon", disse o secretário de Estado à ABC. "Entramos no Afeganistão há 20 anos com uma missão e essa missão era confrontar aqueles que nos atacaram em 11 de setembro. Essa missão foi bem-sucedida".
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