Neste momento, o país registra um aumento nas internações por casos ligados à covid-19AFP

Os Estados Unidos autorizaram na quinta-feira, 12, uma terceira dose da vacina anticovid-19 para pessoas com sistema imunológico debilitado, no momento em que o país luta contra a propagação da variante Delta. A agência americana que regula o setor de alimentos e medicamentos (FDA, na sigla em inglês) autorizou o uso emergencial de uma terceira injeção das vacinas da Pfizer/BioNTech e da Moderna.
"O país entrou em outra onda da pandemia da covid-19, e a FDA está especialmente consciente de que as pessoas imunodeprimidas correm um risco especial de sofrer uma doença grave", declarou a comissária em exercício da agência, Janet Woodcock, em um comunicado.
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A FDA disse que esta terceira dose adicional é indicada para receptores de transplante de órgãos sólidos, ou aqueles com sistema imunológico debilitado.
Alguns veículos da imprensa local sugerem que um milhão de americanos receberam a terceira dose contra o coronavírus, sem autorização, na tentativa de aumentar sua proteção contra a covid-19.
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"As pessoas que estão totalmente vacinadas estão adequadamente protegidas e não precisam de uma dose adicional da vacina anticovid-19 no momento", frisou Woodcook.
Apelo pela moratória de reforço
No início deste mês, os Estados Unidos rejeitaram um pedido da Organização Mundial da Saúde (OMS) pela interrupção da vacinação de reforço, para ajudar a compensar a desigualdade na distribuição de doses entre os países ricos e os países pobres.
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Mais de 619 mil pessoas morreram nos Estados Unidos de covid-19, e o número de casos aumentou de forma considerável nos últimos meses, devido à propagação da variante Delta.
O programa de vacinação do país se desacelerou, sobretudo, nas regiões politicamente conservadoras do Sul e do Centro-Oeste, assim como entre os mais jovens, a população de baixa renda e as minorias raciais.
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"No momento, para além dos imunodeprimidos, não vamos dar reforço nas pessoas", disse o principal conselheiro para covid-19 nos Estados Unidos, dr. Anthony Fauci, em entrevista à emissora de televisão NBC na quinta-feira.
"Mas vamos fazer um monitoramento muito cuidadoso e, se for necessário, estaremos preparados para dar (...) inevitavelmente haverá um momento em que teremos que dar reforços", completou.
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As vacinas contra covid-19 são gratuitas e estão disponíveis nos Estados Unidos, mas apenas metade da população tem o esquema de vacinação completo. Em julho, o presidente Joe Biden anunciou que todos os funcionários públicos federais têm de estar vacinados, ou apresentar exames que mostrem que não foram infectados com o coronavírus.
Neste momento, o país registra um aumento nas internações por casos ligados à covid-19. Também houve um avanço no número de casos, a uma média diária de mais de 100 mil, devido à disseminação da variante Delta. Este nível não era visto desde a onda do último inverno (verão no Brasil).