Publicado 13/01/2022 11:15
A França está entre os países com mais dias de escolas abertas durante a pandemia e vive nesta quinta-feira, 13, uma importante greve de professores, cansados da gestão governamental da crise sanitária, a três meses das eleições presidenciais. Desde o retorno às aulas em 3 de janeiro, após o recesso de fim de ano, o governo anunciou até três protocolos diferentes nas escolas, exasperando os professores e atraindo críticas da oposição.
Na segunda-feira, 10, o primeiro-ministro Jean Castex anunciou o protocolo mais recente e um pouco mais flexível para tentar, em vão, acalmar a tensão. Os professores mantiveram a greve, com o ministro da Educação, Jean-Michel Blanquer, na mira.
"O protocolo atual não apenas não protege os alunos, funcionários e suas famílias, mas desorganiza completamente a escola", apontou o sindicato Snuipp-FSU, que convocou uma greve na sexta-feira passada.
Quando um caso positivo é detectado numa sala, o restante dos alunos deve realizar até três autotestes em casa para continuar frequentando a escola, sem ter que se submeter a um primeiro teste de antígeno ou PCR como anteriormente.
As medidas anteriores causaram longas filas em frente às farmácias e em muitos casos pais deixavam o trabalho para apresentar testar os filhos, para que pudessem voltar às aulas no dia seguinte em caso de negativo.
Quase 12 milhões de teste foram realizados assim na semana passada, um aumento de 44%, segundo o Ministério da Saúde. O aumento mais significativo foi no grupo de menores de 16 anos, que passou de 1 milhão para 3 milhões em média.
A França, país de 67 milhões de habitantes, registra aumento de casos de covid-19 por conta da variante ômicron. O número médio de infecções diárias nos últimos sete dias foi de 287.603, acima da média de 198.200 na semana anterior.
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