Publicado 24/02/2022 19:32 | Atualizado 24/02/2022 19:35
Rússia - A polícia russa deteve nesta quinta-feira (24) em várias cidades quase 1,4 mil pessoas por participarem de manifestações contra a guerra na Ucrânia, segundo a ONG de direitos humanos OVD-info.
A organização afirma que pelo menos 1.391 pessoas foram detidas em 51 cidades, 719 delas em Moscou, onde a AFP testemunhou dezenas de detenções na praça Puskhin, no centro da capital russa.
A Rússia possui uma legislação severa para o controle das manifestações, que costumam culminar com muitas detenções. As autoridades russas ameaçaram nesta quinta-feira reprimir qualquer manifestação "não autorizada" relacionada à "situação tensa sobre política externa".
Vários ativistas pediram à população nas redes sociais para desafiar essa ordem e tomar as ruas, depois que o presidente russo Vladimir Putin lançou sua ofensiva contra a Ucrânia na madrugada desta quinta-feira.
Cerca de 2.000 pessoas se reuniram na praça central Pushkin em Moscou e cerca de 1 mil na antiga capital imperial São Petersburgo, segundo correspondentes da AFP.
Os manifestantes na praça Pushkin gritavam: "Não à guerra!". "Estou em choque. Meus familiares vivem na Ucrânia", contou Anastasia Nestulya, em Moscou. "O que posso dizer a eles por telefone? Se vão ficar lá?", acrescentou esta mulher russa de 23 anos que, como muitos, afirma ter medo de protestar.
A organização afirma que pelo menos 1.391 pessoas foram detidas em 51 cidades, 719 delas em Moscou, onde a AFP testemunhou dezenas de detenções na praça Puskhin, no centro da capital russa.
A Rússia possui uma legislação severa para o controle das manifestações, que costumam culminar com muitas detenções. As autoridades russas ameaçaram nesta quinta-feira reprimir qualquer manifestação "não autorizada" relacionada à "situação tensa sobre política externa".
Vários ativistas pediram à população nas redes sociais para desafiar essa ordem e tomar as ruas, depois que o presidente russo Vladimir Putin lançou sua ofensiva contra a Ucrânia na madrugada desta quinta-feira.
Cerca de 2.000 pessoas se reuniram na praça central Pushkin em Moscou e cerca de 1 mil na antiga capital imperial São Petersburgo, segundo correspondentes da AFP.
Os manifestantes na praça Pushkin gritavam: "Não à guerra!". "Estou em choque. Meus familiares vivem na Ucrânia", contou Anastasia Nestulya, em Moscou. "O que posso dizer a eles por telefone? Se vão ficar lá?", acrescentou esta mulher russa de 23 anos que, como muitos, afirma ter medo de protestar.
As mesmas reações foram ouvidas em São Petersburgo. "Tenho a sensação de que as autoridades ficaram loucas", afirmou Svetlana Volkova, de 27 anos, que considera que poucas pessoas estão dispostas a se manifestarem na Rússia. "Foram enganados pela propaganda". Um jovem gritava enquanto era detido: "Contra quem vocês lutam? Prendam Putin".
A invasão russa da Ucrânia ocorre ao mesmo tempo que uma repressão sem precedentes à oposição no país, com muitos de seus líderes mortos, detidos ou forçados ao exílio.
O opositor Alexei Navalny, preso desde janeiro de 2021, disse no tribunal, durante um novo julgamento que começou na semana passada, que rejeita a invasão.
"Esta guerra entre a Rússia e a Ucrânia está sendo travada para encobrir o roubo de cidadãos russos e desviar a atenção dos problemas que existem dentro do país, da deterioração da economia", disse ele, segundo um vídeo publicado pelo canal opositor Dojd.
A invasão russa da Ucrânia ocorre ao mesmo tempo que uma repressão sem precedentes à oposição no país, com muitos de seus líderes mortos, detidos ou forçados ao exílio.
O opositor Alexei Navalny, preso desde janeiro de 2021, disse no tribunal, durante um novo julgamento que começou na semana passada, que rejeita a invasão.
"Esta guerra entre a Rússia e a Ucrânia está sendo travada para encobrir o roubo de cidadãos russos e desviar a atenção dos problemas que existem dentro do país, da deterioração da economia", disse ele, segundo um vídeo publicado pelo canal opositor Dojd.
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