Publicado 24/02/2022 20:51 | Atualizado 24/02/2022 21:53
Ucrânia - Quase 100 mil pessoas fugiram de suas casas na Ucrânia e milhares buscaram refúgio no exterior após a invasão russa, disse a ONU nesta quinta-feira, 24.
"Não podemos confirmar ainda os números exatos, mas está claro que houve importantes deslocamentos para o interior do país e alguns movimentos nas fronteiras", declarou à AFP Shabia Mantoo, porta-voz do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur).
"Acreditamos que cerca de 100 mil pessoas já fugiram de suas casas e podem ter se mudado para dentro do país e que vários milhares cruzaram as fronteiras internacionais", completou.
Filippo Grandi, Alto Comissário das Nações Unidas para os refugiados, anunciou durante o dia o reforço das operações e capacidade do Acnur na Ucrânia e nos países vizinhos.
Ele também pediu aos governos desses países "que deixem as fronteiras abertas para as pessoas que buscam segurança e proteção" vindos da Ucrânia.
"Estamos prontos para apoiar os esforços de todos para responder a qualquer situação de deslocamento forçado", escreveu Grandi em comunicado.
"Não podemos confirmar ainda os números exatos, mas está claro que houve importantes deslocamentos para o interior do país e alguns movimentos nas fronteiras", declarou à AFP Shabia Mantoo, porta-voz do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur).
"Acreditamos que cerca de 100 mil pessoas já fugiram de suas casas e podem ter se mudado para dentro do país e que vários milhares cruzaram as fronteiras internacionais", completou.
Filippo Grandi, Alto Comissário das Nações Unidas para os refugiados, anunciou durante o dia o reforço das operações e capacidade do Acnur na Ucrânia e nos países vizinhos.
Ele também pediu aos governos desses países "que deixem as fronteiras abertas para as pessoas que buscam segurança e proteção" vindos da Ucrânia.
"Estamos prontos para apoiar os esforços de todos para responder a qualquer situação de deslocamento forçado", escreveu Grandi em comunicado.
Mortos e feridos
O governo ucraniano informou que a ofensiva da Rússia, com bombardeios aéreos e incursões terrestres, deixaram até o momento 137 mortos e mais de 300 feridos no país. Em poucas horas, as tropas russas se aproximaram de Kiev, tomaram a usina nuclear de Chernobyl e avançaram por mais cidades do país do leste europeu.
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, informou o número de mortes através de um pronunciamento televisionado. "137 heróis, nossos cidadãos, perderam a vida", disse.
Ainda segundo ele, outras 316 pessoas ficaram feridas nos combates. "De acordo com as informações que temos, o inimigo me marcou como algo número 1, e minha família, alvo número 2", disse Zelensky.
Ligação de Biden
O presidente dos EUA Joe Biden ligou para o presidente Zelensky para lhe expressar seu "apoio", condenou "o ataque não provocado e injustificado por parte das forças militares russas" e assegurou que "o mundo responsabilizará a Rússia" pelo ataque à Ucrânia.
O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, denunciou o "ataque irresponsável e não provocado da Rússia à Ucrânia, que põe em risco incontáveis vidas civis".
E o chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, alertou que "a Rússia enfrentará um isolamento sem precedentes" e prometeu "o pacote de sanções mais robusto e severo que já adotamos".
O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, afirmou que este era "o dia mais triste" de seu mandato.
A China, aliada de Moscou, disse com cautela que "entende as preocupações de segurança razoáveis da Rússia".
Tempestade nos mercados
O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, denunciou o "ataque irresponsável e não provocado da Rússia à Ucrânia, que põe em risco incontáveis vidas civis".
E o chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, alertou que "a Rússia enfrentará um isolamento sem precedentes" e prometeu "o pacote de sanções mais robusto e severo que já adotamos".
O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, afirmou que este era "o dia mais triste" de seu mandato.
A China, aliada de Moscou, disse com cautela que "entende as preocupações de segurança razoáveis da Rússia".
Tempestade nos mercados
A invasão atingiu os mercados internacionais. O petróleo Brent superou os US$ 100 por barril pela primeira vez em sete anos e as ações em todo o mundo despencaram nesta quinta-feira.
A Bolsa de Valores de Moscou, que interrompeu as negociações por algumas horas, sofreu perdas de mais de 30% e a moeda russa, o rublo, registrou sua baixa histórica em relação ao dólar antes da intervenção do banco central russo.
A Bolsa de Valores de Moscou, que interrompeu as negociações por algumas horas, sofreu perdas de mais de 30% e a moeda russa, o rublo, registrou sua baixa histórica em relação ao dólar antes da intervenção do banco central russo.
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