Publicado 26/02/2022 15:42
Moscou - O Twitter afirmou estar ciente que seu serviço está sendo restrito em algumas partes da Rússia. Em uma mensagem publicada no início desta tarde, a plataforma afirmou estar trabalhando para reestabelecer o acesso dos usuários.
"Estamos cientes que o Twitter está sendo restrito para algumas pessoas na Rússia, e estamos trabalhando para manter nosso serviço seguro e acessível".
Na manhã deste sábado, a Rússia bloqueou o microblog e ameaçou fazer o mesmo com o Facebook, acusando a Meta de violar "os direitos e liberdades dos cidadãos russos".
O bloqueio se deu após os vídeos e imagens da invasão russa à Ucrânia viralizarem nas redes sociais. A Netblocks, grupo de monitoramento da internet, detectou que o Facebook e Instagram ainda funcionam. Os bloqueios podem ser burlados com o uso de VPNs.
Entenda o conflito
O conflito na Ucrânia pela Rússia teve início nesta quinta-feira, 24, após o presidente russo Vladimir Putin autorizar a entrada de tropas militares no país do leste europeu. A invasão culminou em ataques por ar, mar e terra, com diversas cidades bombardeadas, inclusive a capital Kiev, que já deixou mais de 130 mortos e mais de 300 feridos. Essa é a maior operação militar dentro de um país europeu desde a Segunda Guerra Mundial.
A ofensiva provocou clamor internacional, com reuniões de emergência previstas em vários países, e pronunciamentos de diversos líderes espalhados pelo mundo condenando o ataque russo à Ucrânia. Em razão da invasão, países como Estados Unidos, Reino Unido e o bloco da União Europeia anunciaram sanções econômicas contra a Rússia.
A invasão ocorreu dois dias após o governo russo reconhecer a independência de dois territórios separatistas no leste da Ucrânia - as províncias de Donetsk e Luhansk. Com os ataques, Putin pretende alcançar uma desmilitarização e a eliminação dos "nazistas", segundo o presidente russo.
Outros motivos de Putin pela invasão na Ucrânia se dão pela aproximação do país com o Ocidente, com a possibilidade do país do leste europeu fazer parte da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), aliança militar internacional, e da União Europeia, além da ambição de expandir o território russo para aumentar o poder de influência na região.
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