Publicado 27/02/2022 10:29
Os países da União Europeia começaram a entregar quantidades "significativas" de armas à Ucrânia para ajudá-la a se defender contra a invasão lançada pela Rússia, informaram neste domingo, 27, várias autoridades europeias.
As entregas aconteceram no sábado e outras serão feitas hoje. Elas são "significativas e permitirão que os ucranianos se defendam", disse uma das fontes.
Uma reunião de ministros das Relações Exteriores da UE foi convocada para as 18h (14h00 de Brasília) para coordenar as iniciativas dos europeus, anunciou o chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell. Será realizada por videoconferência.
Os ministros também discutirão o anúncio feito no sábado a respeito de novas sanções econômicas por vários países e pela Comissão Europeia, acrescentou Josep Borrell.
"Isso inclui a exclusão de vários bancos russos do SWIFT, medidas para impedir o Banco Central da Rússia de usar suas reservas em moedas internacionais e agir contra pessoas e entidades que facilitam a guerra na Ucrânia", disse ele.
"A discussão dos ministros das Relações Exteriores da UE abrirá caminho para a rápida adoção de todos os atos jurídicos necessários" para que as sanções entrem em vigor, explicou.
Os Estados-membros decidiram agir rapidamente. Eles aguardam uma proposta da Comissão sobre as medidas financeiras e estão considerando um procedimento de emergência para adotá-las, disse uma das autoridades europeias.
Tanto para as entregas de armamentos como para as decisões de fechamento dos espaços aéreos, os países estão atuando, neste momento, em nível nacional.
Os armamentos estão sendo retirados das reservas nacionais, mas as entregas são coordenadas. Até agora, 17 países europeus responderam aos apelos do ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleb.
A Alemanha autorizou no sábado a entrega a Kiev de 1.400 lançadores de foguetes antitanque, 500 mísseis terra-ar Stinger e nove morteiros. A Holanda, por sua vez, anunciou o fornecimento de 200 Stingers, a Bélgica 2.000 metralhadoras, Portugal fuzis, munições e equipamentos, a República Tcheca metralhadoras, rifles de precisão, munições.
Todas as ofertas dos Estados são comunicadas à Otan, que as lista.
Os ministros europeus vão analisar a possibilidade de utilizar o "Fundo Europeu para a Paz", um instrumento financeiro fora do orçamento comum da UE e dotado de cinco bilhões de euros, para "reembolsar os Estados-membros que recorreram aos seus estoques de armas", explicou um dos líderes europeus.
A unanimidade é necessária para esta decisão e os Estados que se comprometeram estão apostando em uma "abstenção construtiva" neste domingo daqueles parceiros que não podem autorizar a entrega de armas.
"Está surgindo uma dinâmica a favor da Europa da defesa", disse. "A cobertura europeia dará legitimidade a esses fornecimentos de armas para Estados-membros neutros", explicou.
As entregas aconteceram no sábado e outras serão feitas hoje. Elas são "significativas e permitirão que os ucranianos se defendam", disse uma das fontes.
Uma reunião de ministros das Relações Exteriores da UE foi convocada para as 18h (14h00 de Brasília) para coordenar as iniciativas dos europeus, anunciou o chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell. Será realizada por videoconferência.
Os ministros também discutirão o anúncio feito no sábado a respeito de novas sanções econômicas por vários países e pela Comissão Europeia, acrescentou Josep Borrell.
"Isso inclui a exclusão de vários bancos russos do SWIFT, medidas para impedir o Banco Central da Rússia de usar suas reservas em moedas internacionais e agir contra pessoas e entidades que facilitam a guerra na Ucrânia", disse ele.
"A discussão dos ministros das Relações Exteriores da UE abrirá caminho para a rápida adoção de todos os atos jurídicos necessários" para que as sanções entrem em vigor, explicou.
Os Estados-membros decidiram agir rapidamente. Eles aguardam uma proposta da Comissão sobre as medidas financeiras e estão considerando um procedimento de emergência para adotá-las, disse uma das autoridades europeias.
Tanto para as entregas de armamentos como para as decisões de fechamento dos espaços aéreos, os países estão atuando, neste momento, em nível nacional.
Os armamentos estão sendo retirados das reservas nacionais, mas as entregas são coordenadas. Até agora, 17 países europeus responderam aos apelos do ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleb.
A Alemanha autorizou no sábado a entrega a Kiev de 1.400 lançadores de foguetes antitanque, 500 mísseis terra-ar Stinger e nove morteiros. A Holanda, por sua vez, anunciou o fornecimento de 200 Stingers, a Bélgica 2.000 metralhadoras, Portugal fuzis, munições e equipamentos, a República Tcheca metralhadoras, rifles de precisão, munições.
Todas as ofertas dos Estados são comunicadas à Otan, que as lista.
Os ministros europeus vão analisar a possibilidade de utilizar o "Fundo Europeu para a Paz", um instrumento financeiro fora do orçamento comum da UE e dotado de cinco bilhões de euros, para "reembolsar os Estados-membros que recorreram aos seus estoques de armas", explicou um dos líderes europeus.
A unanimidade é necessária para esta decisão e os Estados que se comprometeram estão apostando em uma "abstenção construtiva" neste domingo daqueles parceiros que não podem autorizar a entrega de armas.
"Está surgindo uma dinâmica a favor da Europa da defesa", disse. "A cobertura europeia dará legitimidade a esses fornecimentos de armas para Estados-membros neutros", explicou.
Entenda o conflito
O conflito na Ucrânia pela Rússia teve início nesta quinta-feira, 24, após o presidente russo Vladimir Putin autorizar a entrada de tropas militares no país do leste europeu. A invasão culminou em ataques por ar, mar e terra, com diversas cidades bombardeadas, inclusive a capital Kiev, que já deixou mais de 130 mortos e mais de 300 feridos. Essa é a maior operação militar dentro de um país europeu desde a Segunda Guerra Mundial.
A ofensiva provocou clamor internacional, com reuniões de emergência previstas em vários países, e pronunciamentos de diversos líderes espalhados pelo mundo condenando o ataque russo à Ucrânia. Em razão da invasão, países como Estados Unidos, Reino Unido e o bloco da União Europeia anunciaram sanções econômicas contra a Rússia.
A invasão ocorreu dois dias após o governo russo reconhecer a independência de dois territórios separatistas no leste da Ucrânia - as províncias de Donetsk e Luhansk. Com os ataques, Putin pretende alcançar uma desmilitarizaração e a eliminação dos "nazistas" , segundo o presidente russo.
Outros motivos de Putin pela invasão na Ucrânia se dão pela aproximação do país com o Ocidente, com a possibilidade do país do leste europeu fazer parte da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan),
aliança militar internacional, e da União Europeia, além da ambição de expandir o território russo para aumentar o poder de influência na região.
O conflito na Ucrânia pela Rússia teve início nesta quinta-feira, 24, após o presidente russo Vladimir Putin autorizar a entrada de tropas militares no país do leste europeu. A invasão culminou em ataques por ar, mar e terra, com diversas cidades bombardeadas, inclusive a capital Kiev, que já deixou mais de 130 mortos e mais de 300 feridos. Essa é a maior operação militar dentro de um país europeu desde a Segunda Guerra Mundial.
A ofensiva provocou clamor internacional, com reuniões de emergência previstas em vários países, e pronunciamentos de diversos líderes espalhados pelo mundo condenando o ataque russo à Ucrânia. Em razão da invasão, países como Estados Unidos, Reino Unido e o bloco da União Europeia anunciaram sanções econômicas contra a Rússia.
A invasão ocorreu dois dias após o governo russo reconhecer a independência de dois territórios separatistas no leste da Ucrânia - as províncias de Donetsk e Luhansk. Com os ataques, Putin pretende alcançar uma desmilitarizaração e a eliminação dos "nazistas" , segundo o presidente russo.
Outros motivos de Putin pela invasão na Ucrânia se dão pela aproximação do país com o Ocidente, com a possibilidade do país do leste europeu fazer parte da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan),
aliança militar internacional, e da União Europeia, além da ambição de expandir o território russo para aumentar o poder de influência na região.
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