Publicado 02/03/2022 13:24
O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, declarou nesta quarta-feira, 2, que se uma Terceira Guerra Mundial acontecesse, seriam usadas armas nucleares e seriam destrutivas, de acordo com a agência de notícias russa RIA.
A afirmação foi feita no mesmo dia que as Forças Armadas do Kremlin iniciaram exercícios com submarinos nucleares e lança-mísseis terrestres em regiões da Rússia distantes da área de conflito com a Ucrânia. No domingo, 27, o presidente Vladimir Putin já havia ordenado que armas nucleares de represálias fossem colocadas em posição de alerta grave, mas os militares não informaram se esses exercícios já seriam o cumprimento da decisão de Putin.
Os submarinos russos navegam no Mar de Barents, ao leste da Finlândia, para treinar manobras em condições adversas, de acordo com comunicado da Frota do Norte da Rússia. Já os lançadores de mísseis estão nas estradas da Sibéria, centro-norte russo. O órgão também informou que navios de guerra encarregados de proteger o noroeste da Península de Kola, onde estão localizadas várias bases navais, se juntariam às manobras.
Segundo o Ministério da Defesa, as unidades das Forças Estratégicas de Mísseis mobilizaram lançadores de mísseis balísticos intercontinentais Yars em florestas na região de Irkutsk, no leste da Sibéria.
Ainda não se sabe se esses exercícios indicam uma mudança nas atividades ou posturas de treinamento nuclear que a Rússia costuma ter.
Apesar dos exercícios de guerra e de classificar como ‘inaceitável’ que países da União Europeia tenham armas nucleares, o ministro russo das Relações Exteriores informou que seu país está preparado para trabalhar em uma estabilidade estratégica com os Estados Unidos. Lavrov também afirmou que o Ocidente não deveria construir instalações militares em ex-repúblicas soviéticas, como a Ucrânia.
O presidente da Ucrânia quer que Putin interrompa os bombardeios antes do início do diálogo, enquanto o mandatário russo exige o reconhecimento da Crimeia como território russo e o que chama de “desnazificação” da Ucrânia.
A afirmação foi feita no mesmo dia que as Forças Armadas do Kremlin iniciaram exercícios com submarinos nucleares e lança-mísseis terrestres em regiões da Rússia distantes da área de conflito com a Ucrânia. No domingo, 27, o presidente Vladimir Putin já havia ordenado que armas nucleares de represálias fossem colocadas em posição de alerta grave, mas os militares não informaram se esses exercícios já seriam o cumprimento da decisão de Putin.
Os submarinos russos navegam no Mar de Barents, ao leste da Finlândia, para treinar manobras em condições adversas, de acordo com comunicado da Frota do Norte da Rússia. Já os lançadores de mísseis estão nas estradas da Sibéria, centro-norte russo. O órgão também informou que navios de guerra encarregados de proteger o noroeste da Península de Kola, onde estão localizadas várias bases navais, se juntariam às manobras.
Segundo o Ministério da Defesa, as unidades das Forças Estratégicas de Mísseis mobilizaram lançadores de mísseis balísticos intercontinentais Yars em florestas na região de Irkutsk, no leste da Sibéria.
Ainda não se sabe se esses exercícios indicam uma mudança nas atividades ou posturas de treinamento nuclear que a Rússia costuma ter.
Apesar dos exercícios de guerra e de classificar como ‘inaceitável’ que países da União Europeia tenham armas nucleares, o ministro russo das Relações Exteriores informou que seu país está preparado para trabalhar em uma estabilidade estratégica com os Estados Unidos. Lavrov também afirmou que o Ocidente não deveria construir instalações militares em ex-repúblicas soviéticas, como a Ucrânia.
O presidente da Ucrânia quer que Putin interrompa os bombardeios antes do início do diálogo, enquanto o mandatário russo exige o reconhecimento da Crimeia como território russo e o que chama de “desnazificação” da Ucrânia.
Boicote à chanceler russo
Nessa terça-feira, 1º, diplomatas de mais de 100 países se retiraram da sala onde acontecia a Conferência
EUA não se sente ameaçado
Os Estados Unidos não se sentem ameaçados apesar do presidente russo Vladimir Putin afirmar que “qualquer país que tentar interferir, ou ainda mais, criar ameaças para o nosso país e nosso povo, deve saber que a resposta da Rússia será imediata e levará a consequências como nunca antes experimentado na história.”
Segundo Angelo Segrillo, historiador da Universidade de São Paulo (USP) e especialista em Rússia, a declaração de Putin é apenas uma ameaça que não deve ser cumprida. Em entrevista ao Jornal Nacional, da Tv Globo, ele afirmou que “Se a Rússia não tivesse armas nucleares, talvez isso até entrasse no cálculo da Otan. Uma ajuda militar direta localizada na Ucrânia. Agora, com a Rússia tendo armas nucleares, isso não entra na cogitação deles porque isso seria um risco para os próprios países da Otan”.
EUA não se sente ameaçado
Os Estados Unidos não se sentem ameaçados apesar do presidente russo Vladimir Putin afirmar que “qualquer país que tentar interferir, ou ainda mais, criar ameaças para o nosso país e nosso povo, deve saber que a resposta da Rússia será imediata e levará a consequências como nunca antes experimentado na história.”
Segundo Angelo Segrillo, historiador da Universidade de São Paulo (USP) e especialista em Rússia, a declaração de Putin é apenas uma ameaça que não deve ser cumprida. Em entrevista ao Jornal Nacional, da Tv Globo, ele afirmou que “Se a Rússia não tivesse armas nucleares, talvez isso até entrasse no cálculo da Otan. Uma ajuda militar direta localizada na Ucrânia. Agora, com a Rússia tendo armas nucleares, isso não entra na cogitação deles porque isso seria um risco para os próprios países da Otan”.
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