Publicado 02/03/2022 15:28
A Rússia disse à Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) que suas forças militares assumiram o controle do território ao redor da Usina Nuclear de Zaporizhzhia (NPP), segundo o diretor-geral da agência, Rafael Mariano Grossi. A informação foi divulgada pela Eletronuclear, que desde a invasão da Ucrânia pela Rússia tem feito informes diários sobre a situação da energia nuclear em meio à guerra.
Em uma carta oficial ao diretor-geral datada de 1º de março, a Missão Permanente da Federação Russa junto às Organizações Internacionais em Viena também informou que o pessoal da usina continuou o trabalho de segurança nuclear e monitoramento da radiação no modo normal de operação. Os níveis de radiação permanecem normais.
Anteriormente, a Ucrânia havia informado à AIEA que todas as suas usinas nucleares permaneciam sob o controle do operador nacional. Em uma atualização nesta manhã, a Inspetoria Estatal de Regulação Nuclear da Ucrânia (SNRIU) disse que mantém comunicação com as instalações nucleares do país e que as centrais nucleares continuam operando normalmente.
A usina de Zaporizhzhia é o maior dos locais de usina nuclear da Ucrânia, com seis dos 15 reatores de energia nuclear do país.
Em uma carta endereçada a Grossi, recebida ontem, o Inspetor-Chefe Interino do SNRIU solicitou à AIEA que prestasse assistência imediata na coordenação de atividades relacionadas à segurança da central nuclear de Chernobyl e outras instalações nucleares. O diretor-geral realizará consultas e manterá contatos para atender a essa solicitação.
Grossi enfatizou repetidamente que qualquer ação militar ou outra que possa ameaçar a segurança das usinas nucleares da Ucrânia deve ser evitada. Ele também disse que a equipe operacional deve ser capaz de cumprir suas funções de segurança e proteção e ter a capacidade de tomar decisões livres de pressões indevidas.
A AIEA continua a acompanhar de perto os desenvolvimentos na Ucrânia, com foco especial na segurança e proteção de seus reatores de energia nuclear. A AIEA permanece em contato constante com sua contraparte e continuará a fornecer atualizações regulares sobre a situação na Ucrânia.
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