Publicado 04/03/2022 12:43
Kiev - A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), ligada à Organização das Nações Unidas (ONU), afirmou, nesta sexta-feira, 4, que os reatores da usina nuclear ucraniana de Zaporizhzhia, a maior da Europa, não foram afetados por um bombardeio russo que ocorreu nas primeiras horas desta sexta pelo horário local. A agência esclareceu, ainda, que não há sinal de vazamento radioativo e não há variação nos níveis de radiação.
"A Ucrânia disse à AIEA que o incêndio na usina nuclear de Zaporizhia não afetou o equipamento 'essencial' e o pessoal da usina está tomando medidas para mitigar" os danos, tuitou a agência da ONU. A entidade acrescentou: "O regulador ucraniano disse à AIEA que não há mudanças registradas nos níveis de radiação em Zaporizhia", escreveu em publicação no Twitter.
As autoridades ucranianas confirmaram que tropas russas assumiram o controle da usina nuclear na manhã desta sexta-feira (madrugada em Brasília). O fogo começou nas primeiras horas desta sexta (ainda na noite de quinta em Brasília) após um ataque russo, segundo as autoridades ucranianas, fazendo crescer um temor de uma possível explosão de reator. O serviço de emergências da Ucrânia confirmou que as chamas foram extintas nas primeiras horas desta sexta.
"Às 6h20 (1h20 em Brasília) o incêndio na (...) usina nuclear Zaporizhzhia em Energodar foi extinto. Não há vítimas", informou um comunicado. A administração militar regional disse que há danos no compartimento do reator nº 1, mas que não afetam a segurança da unidade de energia.
Já na manhã de sexta, o porta-voz do Ministério da Defesa da Rússia, Igor Konashenkov, fez um pronunciamento e culpou os sabotadores ucranianos pelo ataque à usina nuclear, o que classificou como uma provocação. Ainda de acordo com Konashenkov, a usina nuclear está operando normalmente e a área estaria sob controle russo desde 28 de fevereiro.
"No entanto, ontem à noite no território adjacente à usina, foi feita uma tentativa do regime nacionalista de Kiev de realizar uma provocação monstruosa", disse.
*Com informações do Estadão Conteúdo e da AFP
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