Publicado 09/03/2022 21:39
Um total de 1.207 civis de Mariupol morreram desde o início do cerco russo a esta estratégica cidade portuária da Ucrânia, há nove dias, informou nesta quarta-feira (9) a prefeitura da cidade.
"Nove dias. Nove dias de bloqueio de Mariupol (...) Nove dias - 1.207 civis mortos. Nove dias de genocídio da população civil", informou a prefeitura em mensagem postada no Telegram, junto a um vídeo com declarações do prefeito horas depois de bombardeios russos destruírem um hospital pediátrico da cidade.
O serviço de imprensa da Presidência ucraniana, consultado pela AFP sobre este balanço, respondeu: "Não temos o número exato [de mortos], mas o número provisório está correto".
"Nunca perdoaremos. Nunca esqueceremos. O povo de Mariupol resiste", acrescentou a prefeitura desta cidade industrial às margens do Mar de Azov, que tinha 450.000 habitantes antes do início da invasão russa da Ucrânia, em 24 de fevereiro.
Hospital pediátrico atingido
"Nove dias. Nove dias de bloqueio de Mariupol (...) Nove dias - 1.207 civis mortos. Nove dias de genocídio da população civil", informou a prefeitura em mensagem postada no Telegram, junto a um vídeo com declarações do prefeito horas depois de bombardeios russos destruírem um hospital pediátrico da cidade.
O serviço de imprensa da Presidência ucraniana, consultado pela AFP sobre este balanço, respondeu: "Não temos o número exato [de mortos], mas o número provisório está correto".
"Nunca perdoaremos. Nunca esqueceremos. O povo de Mariupol resiste", acrescentou a prefeitura desta cidade industrial às margens do Mar de Azov, que tinha 450.000 habitantes antes do início da invasão russa da Ucrânia, em 24 de fevereiro.
Hospital pediátrico atingido
Nesta quarta, um bombardeio aéreo russo atingiu um hospital pediátrico, deixando 17 adultos feridos, afirmou Pavlo Kirilenko, líder da região sul de Donetsk.
"Há 17 feridos confirmados entre os funcionários do hospital", disse Kirilenko à televisão ucraniana, acrescentando que de acordo com os primeiros informes "não havia nenhuma criança" entre os feridos, nem tampouco mortos.
O ataque "literalmente destruiu" uma maternidade no centro da cidade, que também incluía uma unidade pediátrica, destacou Kirilenko no Facebook.
Ele acrescentou que um piloto russo evidentemente sabia onde a bomba cairia.
O presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, qualificou o ataque de "crime de guerra".
A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores russo, Maria Zakharova, disse, sem negar o ataque, que "batalhões nacionalistas" ucranianos tinham evacuado os funcionários e os pacientes e estabelecido no local posições de tiro.
Este ataque provocou uma onda de indignação internacional e levou a ONU e a Organização Mundial da Saúde (OMS) a pedirem "o cessar imediato dos ataques às instalações de saúde".
O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, denunciou o ataque como "imoral" e prometeu que o presidente russo, Vladimir Putin, será responsabilizado "por seus crimes terríveis".
"Poucas coisas são mais imorais do que atacar os vulneráveis e indefesos", tuitou Johnson. "O Reino Unido está buscando mais apoio para a Ucrânia se defender contra ataques aéreos", acrescentou.
O ministro da Defesa britânico, Ben Wallace, anunciou nesta quarta que o Reino Unido continuará fornecendo mísseis antitanque para a Ucrânia "em resposta à contínua agressão russa".
A Casa Branca denunciou o uso "bárbaro" da força contra civis.
"É atroz ver o uso bárbaro da força militar contra civis inocentes em um país soberano", afirmou a porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, durante coletiva de imprensa.
Os vídeos divulgados por Kirilenko e autoridades da cidade mostram o momento da evacuação do hospital, com uma mulher em uma maca e outra auxiliada por dois homens ao sair do prédio.
As filmagens também mostram um enorme buraco no pátio do hospital, galhos de árvores arrancados e veículos em chamas.
Mariupol está cercada por forças russas, que bombardearam a cidade apesar das promessas de cessar-fogo para permitir a evacuação de civis.
"Há 17 feridos confirmados entre os funcionários do hospital", disse Kirilenko à televisão ucraniana, acrescentando que de acordo com os primeiros informes "não havia nenhuma criança" entre os feridos, nem tampouco mortos.
O ataque "literalmente destruiu" uma maternidade no centro da cidade, que também incluía uma unidade pediátrica, destacou Kirilenko no Facebook.
Ele acrescentou que um piloto russo evidentemente sabia onde a bomba cairia.
O presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, qualificou o ataque de "crime de guerra".
A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores russo, Maria Zakharova, disse, sem negar o ataque, que "batalhões nacionalistas" ucranianos tinham evacuado os funcionários e os pacientes e estabelecido no local posições de tiro.
Este ataque provocou uma onda de indignação internacional e levou a ONU e a Organização Mundial da Saúde (OMS) a pedirem "o cessar imediato dos ataques às instalações de saúde".
O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, denunciou o ataque como "imoral" e prometeu que o presidente russo, Vladimir Putin, será responsabilizado "por seus crimes terríveis".
"Poucas coisas são mais imorais do que atacar os vulneráveis e indefesos", tuitou Johnson. "O Reino Unido está buscando mais apoio para a Ucrânia se defender contra ataques aéreos", acrescentou.
O ministro da Defesa britânico, Ben Wallace, anunciou nesta quarta que o Reino Unido continuará fornecendo mísseis antitanque para a Ucrânia "em resposta à contínua agressão russa".
A Casa Branca denunciou o uso "bárbaro" da força contra civis.
"É atroz ver o uso bárbaro da força militar contra civis inocentes em um país soberano", afirmou a porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, durante coletiva de imprensa.
Os vídeos divulgados por Kirilenko e autoridades da cidade mostram o momento da evacuação do hospital, com uma mulher em uma maca e outra auxiliada por dois homens ao sair do prédio.
As filmagens também mostram um enorme buraco no pátio do hospital, galhos de árvores arrancados e veículos em chamas.
Mariupol está cercada por forças russas, que bombardearam a cidade apesar das promessas de cessar-fogo para permitir a evacuação de civis.
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