Publicado 11/03/2022 12:33 | Atualizado 11/03/2022 19:18
Moscou - A Rússia anunciou nesta sexta-feira (11) que restringiu o acesso à rede social Instagram, a qual acusa de espalhar apelos à violência contra os russos, devido ao conflito na Ucrânia.
O poderoso Comitê de Investigação da Rússia já havia anunciado ações legais contra a Meta, empresa matriz do Facebook e Instagram, por terem flexibilizado suas regras sobre mensagens violentas destinadas ao exército e a autoridades russas.
O comitê afirmou que iniciou suas investigações "devido a pedidos ilegais de assassinato de russos por colaboradores da sociedade americana Meta".
A Procuradoria-Geral russa pediu que a gigante da internet seja classificada como uma organização "extremista" e que o acesso ao Instagram seja bloqueado no país. O Facebook não pode mais ser acessado desde 4 de março.
Segundo o gabinete do procurador-geral, "o conteúdo distribuído no Instagram contém apelos para cometer atos violentos contra cidadãos da Rússia, inclusive a equipe militar".
O regulador russo de telecomunicações, Roskomnadzor, informou que o acesso ao Instagram estaria restrito a partir da segunda-feira para dar tempo aos usuários de transferirem seus dados a outras redes.
A Meta anunciou na quinta-feira que estava fazendo exceções à sua política de incitação à violência e ao ódio ao não eliminar publicações hostis ao exército e aos líderes russos.
"Devido à invasão russa da Ucrânia, somos tolerantes com formas de expressão política que normalmente violariam nossas regras sobre discurso violento, como 'morte aos invasores russos'", disse à AFP Andy Stone, gerente de comunicações da Meta.
"Continuamos não permitindo apelos credíveis à violência contra civis russos", destacou.
A Rússia já havia bloqueado o Facebook em seu território na semana passada em retaliação à decisão do grupo californiano de proibir veículos de comunicação próximos ao governo russo, como o canal RT e o site Sputnik.
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