Publicado 16/03/2022 16:36
Os países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) descartaram nesta quarta-feira, 16, a possibilidade de enviar uma missão de paz à Ucrânia, como solicitou o vice-primeiro-ministro da Polônia, Jaroslaw Kaczynski, embora tenham anunciado um reforço no Leste.
"Pedimos à Rússia, ao presidente [Vladimir] Putin que retire suas tropas [do território ucraniano], mas não temos planos de enviar tropas à Ucrânia", disse o secretário-geral da aliança militar, Jens Stoltenberg.
O responsável presidiu nesta quarta-feira em Bruxelas uma reunião dos ministros da Defesa dos países do bloco, na qual foi discutida a ideia de enviar uma missão de paz.
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, pediu ao Congresso dos Estados Unidos que reconsiderasse seu pedido de estabelecer uma zona de exclusão aérea sobre o território ucraniano, ideia que a Otan já descartou.
Na visão da Otan, a implantação de tal zona só pode ser realizada com combatentes da aliança transatlântica, e isso representa uma escalada de consequências imprevisíveis no conflito.
Em 5 de março, o próprio Stoltenberg expressou o consenso entre os países da Otan ao afirmar em entrevista coletiva que "os aliados concordaram que não deveríamos ter aeronaves sobre o espaço aéreo da Ucrânia, nem tropas da Otan em território ucraniano".
Polônia pede para enviar uma missão
"Pedimos à Rússia, ao presidente [Vladimir] Putin que retire suas tropas [do território ucraniano], mas não temos planos de enviar tropas à Ucrânia", disse o secretário-geral da aliança militar, Jens Stoltenberg.
O responsável presidiu nesta quarta-feira em Bruxelas uma reunião dos ministros da Defesa dos países do bloco, na qual foi discutida a ideia de enviar uma missão de paz.
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, pediu ao Congresso dos Estados Unidos que reconsiderasse seu pedido de estabelecer uma zona de exclusão aérea sobre o território ucraniano, ideia que a Otan já descartou.
Na visão da Otan, a implantação de tal zona só pode ser realizada com combatentes da aliança transatlântica, e isso representa uma escalada de consequências imprevisíveis no conflito.
Em 5 de março, o próprio Stoltenberg expressou o consenso entre os países da Otan ao afirmar em entrevista coletiva que "os aliados concordaram que não deveríamos ter aeronaves sobre o espaço aéreo da Ucrânia, nem tropas da Otan em território ucraniano".
Polônia pede para enviar uma missão
O vice-primeiro-ministro Kaczynski viajou para a capital ucraniana, Kiev, na terça-feira com os primeiros-ministros da Polônia, República Tcheca e Eslovênia para uma reunião com o presidente Zelensky e o primeiro-ministro Denys Chmygal.
Kaczynski, líder do partido conservador no poder da Polônia, pediu uma missão da Otan "capaz de se defender e agir em território ucraniano, que esteja em território ucraniano com o acordo do presidente e do governo ucraniano".
Chegando à sede da Otan em Bruxelas na quarta-feira, no entanto, vários ministros expressaram cautela.
"Acho muito difícil conceber uma missão de paz agora que há uma guerra acontecendo, com a intensidade que estamos vendo", disse a ministra da Defesa holandesa, Kajsa Ollongren.
"É muito cedo para falar sobre isso. Primeiro temos que ter um cessar-fogo. Temos que ver a retirada da Rússia e tem que haver algum tipo de acordo entre a Ucrânia e a Rússia", acrescentou.
O ministro estoniano Kalle Laanet indicou que "temos que estudar todas as possibilidades (...) mas o envio de uma missão de paz deve ser decidido pelo Conselho de Segurança da ONU".
No entanto, Stoltenberg anunciou que a Otan pretende fortalecer ainda mais sua capacidade no flanco leste da aliança.
"Estamos diante de uma nova realidade para nossa segurança. Portanto, devemos restaurar nossa defesa coletiva e dissuasão de longo prazo. Hoje, encarregamos nossos comandantes militares de desenvolver opções em todos os domínios (...). Em campo, nossa nova postura deve incluir substancialmente mais forças na parte leste da Aliança", disse ele.
A Otan realizará uma cúpula excepcional em Bruxelas na próxima semana, com a presença do presidente dos EUA, Joe Biden.
Kaczynski, líder do partido conservador no poder da Polônia, pediu uma missão da Otan "capaz de se defender e agir em território ucraniano, que esteja em território ucraniano com o acordo do presidente e do governo ucraniano".
Chegando à sede da Otan em Bruxelas na quarta-feira, no entanto, vários ministros expressaram cautela.
"Acho muito difícil conceber uma missão de paz agora que há uma guerra acontecendo, com a intensidade que estamos vendo", disse a ministra da Defesa holandesa, Kajsa Ollongren.
"É muito cedo para falar sobre isso. Primeiro temos que ter um cessar-fogo. Temos que ver a retirada da Rússia e tem que haver algum tipo de acordo entre a Ucrânia e a Rússia", acrescentou.
O ministro estoniano Kalle Laanet indicou que "temos que estudar todas as possibilidades (...) mas o envio de uma missão de paz deve ser decidido pelo Conselho de Segurança da ONU".
No entanto, Stoltenberg anunciou que a Otan pretende fortalecer ainda mais sua capacidade no flanco leste da aliança.
"Estamos diante de uma nova realidade para nossa segurança. Portanto, devemos restaurar nossa defesa coletiva e dissuasão de longo prazo. Hoje, encarregamos nossos comandantes militares de desenvolver opções em todos os domínios (...). Em campo, nossa nova postura deve incluir substancialmente mais forças na parte leste da Aliança", disse ele.
A Otan realizará uma cúpula excepcional em Bruxelas na próxima semana, com a presença do presidente dos EUA, Joe Biden.
Entenda o conflito
O conflito na Ucrânia pela Rússia teve início nesta quinta-feira, 24, após o presidente russo Vladimir Putin autorizar a entrada de tropas militares no país do leste europeu. A invasão culminou em ataques por ar, mar e terra, com diversas cidades bombardeadas, inclusive a capital Kiev, que já deixou mais de 130 mortos e mais de 300 feridos. Essa é a maior operação militar dentro de um país europeu desde a Segunda Guerra Mundial.
A ofensiva provocou clamor internacional, com reuniões de emergência previstas em vários países, e pronunciamentos de diversos líderes espalhados pelo mundo condenando o ataque russo à Ucrânia. Em razão da invasão, países como Estados Unidos, Reino Unido e o bloco da União Europeia anunciaram sanções econômicas contra a Rússia.
A invasão ocorreu dois dias após o governo russo reconhecer a independência de dois territórios separatistas no leste da Ucrânia - as províncias de Donetsk e Luhansk. Com os ataques, Putin pretende alcançar uma desmilitarizaração e a eliminação dos "nazistas" , segundo o presidente russo.
Outros motivos de Putin pela invasão na Ucrânia se dão pela aproximação do país com o Ocidente, com a possibilidade do país do leste europeu fazer parte da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan),
aliança militar internacional, e da União Europeia, além da ambição de expandir o território russo para aumentar o poder de influência na região.
O conflito na Ucrânia pela Rússia teve início nesta quinta-feira, 24, após o presidente russo Vladimir Putin autorizar a entrada de tropas militares no país do leste europeu. A invasão culminou em ataques por ar, mar e terra, com diversas cidades bombardeadas, inclusive a capital Kiev, que já deixou mais de 130 mortos e mais de 300 feridos. Essa é a maior operação militar dentro de um país europeu desde a Segunda Guerra Mundial.
A ofensiva provocou clamor internacional, com reuniões de emergência previstas em vários países, e pronunciamentos de diversos líderes espalhados pelo mundo condenando o ataque russo à Ucrânia. Em razão da invasão, países como Estados Unidos, Reino Unido e o bloco da União Europeia anunciaram sanções econômicas contra a Rússia.
A invasão ocorreu dois dias após o governo russo reconhecer a independência de dois territórios separatistas no leste da Ucrânia - as províncias de Donetsk e Luhansk. Com os ataques, Putin pretende alcançar uma desmilitarizaração e a eliminação dos "nazistas" , segundo o presidente russo.
Outros motivos de Putin pela invasão na Ucrânia se dão pela aproximação do país com o Ocidente, com a possibilidade do país do leste europeu fazer parte da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan),
aliança militar internacional, e da União Europeia, além da ambição de expandir o território russo para aumentar o poder de influência na região.
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