Publicado 19/04/2022 08:34 | Atualizado 19/04/2022 10:56
Ao menos seis pessoas morreram e 11 ficaram feridas nesta terça-feira (19) em duas explosões em uma escola para meninos de um bairro de Cabul que tem população majoritária de integrantes da comunidade xiita hazara.
Duas bombas de fabricação caseira explodiram diante da escola Abdul Rahim Shahid, no bairro de Dasht-e-Barshi, zona oeste da capital afegã. O balanço "preliminar" de seis mortos e 11 feridos foi anunciado pelo porta-voz da polícia de Cabul, Khalid Zadran.
Uma terceira explosão aconteceu em um curso de inglês no mesmo bairro, afirmou o policial.
Dasht-e-Barshi tem muitos moradores da minoria hazara, marginalizada e perseguida há muitos anos neste país, de maioria sunita.
As explosões aconteceram no momento em que as crianças deixavam as aulas, segundo uma testemunha.
Imagens divulgadas nas redes sociais mostram corpos na entrada da escola, livros queimados e mochilas espalhadas pela rua.
Os feridos foram levados para hospitais, mas os talibãs impediram a aproximação dos jornalistas.
O número de ataques deste tipo no Afeganistão registrou queda desde a tomada de poder do Talibã em agosto do ano passado e da retirada total das tropas americanas, após 20 anos de presença no país e de um conflito permanente.
Os ataques executados nos últimos meses foram reivindicados em sua maioria pelo grupo Estado Islâmico-Khorasan (EI-K), braço do grupo extremista que atua no Afeganistão.
Os talibãs afirmam que derrotaram este grupo, mas analistas destacam que o EI-K continua sendo a maior ameaça ao atual governo do Afeganistão.
Duas bombas de fabricação caseira explodiram diante da escola Abdul Rahim Shahid, no bairro de Dasht-e-Barshi, zona oeste da capital afegã. O balanço "preliminar" de seis mortos e 11 feridos foi anunciado pelo porta-voz da polícia de Cabul, Khalid Zadran.
Uma terceira explosão aconteceu em um curso de inglês no mesmo bairro, afirmou o policial.
Dasht-e-Barshi tem muitos moradores da minoria hazara, marginalizada e perseguida há muitos anos neste país, de maioria sunita.
As explosões aconteceram no momento em que as crianças deixavam as aulas, segundo uma testemunha.
Imagens divulgadas nas redes sociais mostram corpos na entrada da escola, livros queimados e mochilas espalhadas pela rua.
Os feridos foram levados para hospitais, mas os talibãs impediram a aproximação dos jornalistas.
O número de ataques deste tipo no Afeganistão registrou queda desde a tomada de poder do Talibã em agosto do ano passado e da retirada total das tropas americanas, após 20 anos de presença no país e de um conflito permanente.
Os ataques executados nos últimos meses foram reivindicados em sua maioria pelo grupo Estado Islâmico-Khorasan (EI-K), braço do grupo extremista que atua no Afeganistão.
Os talibãs afirmam que derrotaram este grupo, mas analistas destacam que o EI-K continua sendo a maior ameaça ao atual governo do Afeganistão.
Hereges
O bairro de Dasht-e-Barshi já foi cenário de vários ataques reivindicados pelo grupo EI-K, que considera os hazaras como hereges.
Em maio de 2021, várias explosões foram registradas diante de uma escola de meninas no mesmo bairro: 85 pessoas morreram, a maioria alunas, e mais de 300 ficaram feridas.
Uma primeira bomba explodiu do lado de fora da escola e depois mais duas, no momento em que as estudantes tentavam fugir do colégio.
O grupo EI, que reivindicou a autoria de um ataque em outubro de 2020 contra um estabelecimento de ensino (24 mortos) na mesma área, é suspeito de ter executado o ataque.
Em maio de 2020, no mesmo bairro, homens armados atacaram uma maternidade administrada pela ONG Médicos Sem Fronteiras a plena luz do dia e mataram 25 pessoas, incluindo 16 mulheres, algumas delas em trabalho de parto.
Ninguém reivindicou o atentado, mas o governo dos Estados Unidos o atribuiu ao grupo EI.
Os próprios talibãs costumavam atacar afegãos xiitas que são membros da comunidade hazara, que representa entre 10 e 20% da população do país (quase 40 milhões de habitantes).
O Talibã tenta minimizar a gravidade da ameaça do EI-K e trava uma batalha contra o grupo há vários anos.
Nos últimos meses, os talibãs intensificaram as operações e prenderam centenas de homens acusados de integrar o EI-K.
Em maio de 2021, várias explosões foram registradas diante de uma escola de meninas no mesmo bairro: 85 pessoas morreram, a maioria alunas, e mais de 300 ficaram feridas.
Uma primeira bomba explodiu do lado de fora da escola e depois mais duas, no momento em que as estudantes tentavam fugir do colégio.
O grupo EI, que reivindicou a autoria de um ataque em outubro de 2020 contra um estabelecimento de ensino (24 mortos) na mesma área, é suspeito de ter executado o ataque.
Em maio de 2020, no mesmo bairro, homens armados atacaram uma maternidade administrada pela ONG Médicos Sem Fronteiras a plena luz do dia e mataram 25 pessoas, incluindo 16 mulheres, algumas delas em trabalho de parto.
Ninguém reivindicou o atentado, mas o governo dos Estados Unidos o atribuiu ao grupo EI.
Os próprios talibãs costumavam atacar afegãos xiitas que são membros da comunidade hazara, que representa entre 10 e 20% da população do país (quase 40 milhões de habitantes).
O Talibã tenta minimizar a gravidade da ameaça do EI-K e trava uma batalha contra o grupo há vários anos.
Nos últimos meses, os talibãs intensificaram as operações e prenderam centenas de homens acusados de integrar o EI-K.
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