Publicado 11/05/2022 12:49
A jornalista palestino-americana Shireen Abu Aqleh, uma das estrelas do canal Al Jazeera, morreu ao ser atingida por tiros nesta quarta-feira (11) quando cobria uma operação do exército israelense no campo de refugiados de Jenin, na Cisjordânia ocupada.
O canal com sede no Catar afirmou que a repórter, uma palestina cristã de 51 anos, foi assassinada "deliberadamente e a sangue frio" pelas forças de Israel, mas o primeiro-ministro deste país, Naftali Bennett, afirmou que "provavelmente" a correspondente foi morta por tiros palestinos.
Outro jornalista da Al Jazeera, o produtor Ali Al Samudi, ficou ferido no mesmo incidente.
Um fotógrafo da AFP no local afirmou que Abu Aqleh usava o colete de imprensa quando foi atingida. Ele disse que as forças israelenses atiravam na área e que viu o corpo da repórter da Al Jazeera no chão. Não havia palestinos armados no loca, acrescentou.
O exército israelense confirmou que uma operação estava em curso durante a manhã no campo de refugiados de Jenin, um reduto de grupos armados palestinos no norte da Cisjordânia ocupada, mas negou ter atirado contra jornalistas.
O exército citou uma troca de tiros entre suspeitos e as forças de segurança. Também afirmou que está "investigando o fato e a possibilidade de que os jornalistas foram atacados por palestinos armados".
"(O exército) certamente não ataca jornalistas", afirmou um comandante militar israelense à AFP.
A Al Jazeera pediu à comunidade internacional que responsabilize Israel pela morte "intencional" da correspondente.
"Em um assassinato flagrante que viola as leis e normas internacionais, as forças de ocupação israelenses assassinaram a sangue frio a correspondente da Al Jazeera nos territórios palestinos", afirmou o canal.
O ministro das Relações Exteriores do Catar, Lolwah Al Khater, afirmou no Twitter que a correspondente recebeu um tiro no rosto e classificou o ato como "terrorismo de Estado israelense".
Por sua parte, os Estados Unidos exigiram uma investigação "transparente" sobre a morte da jornalista, disse a embaixadora americana na ONU, Linda Thomas-Greenfield.
A União Europeia também exigiu uma investigação independente "o quanto antes possível".
O canal com sede no Catar afirmou que a repórter, uma palestina cristã de 51 anos, foi assassinada "deliberadamente e a sangue frio" pelas forças de Israel, mas o primeiro-ministro deste país, Naftali Bennett, afirmou que "provavelmente" a correspondente foi morta por tiros palestinos.
Outro jornalista da Al Jazeera, o produtor Ali Al Samudi, ficou ferido no mesmo incidente.
Um fotógrafo da AFP no local afirmou que Abu Aqleh usava o colete de imprensa quando foi atingida. Ele disse que as forças israelenses atiravam na área e que viu o corpo da repórter da Al Jazeera no chão. Não havia palestinos armados no loca, acrescentou.
O exército israelense confirmou que uma operação estava em curso durante a manhã no campo de refugiados de Jenin, um reduto de grupos armados palestinos no norte da Cisjordânia ocupada, mas negou ter atirado contra jornalistas.
O exército citou uma troca de tiros entre suspeitos e as forças de segurança. Também afirmou que está "investigando o fato e a possibilidade de que os jornalistas foram atacados por palestinos armados".
"(O exército) certamente não ataca jornalistas", afirmou um comandante militar israelense à AFP.
A Al Jazeera pediu à comunidade internacional que responsabilize Israel pela morte "intencional" da correspondente.
"Em um assassinato flagrante que viola as leis e normas internacionais, as forças de ocupação israelenses assassinaram a sangue frio a correspondente da Al Jazeera nos territórios palestinos", afirmou o canal.
O ministro das Relações Exteriores do Catar, Lolwah Al Khater, afirmou no Twitter que a correspondente recebeu um tiro no rosto e classificou o ato como "terrorismo de Estado israelense".
Por sua parte, os Estados Unidos exigiram uma investigação "transparente" sobre a morte da jornalista, disse a embaixadora americana na ONU, Linda Thomas-Greenfield.
A União Europeia também exigiu uma investigação independente "o quanto antes possível".
Tiros palestinos?
O ministro israelense das Relações Exteriores Yair, Lapid, afirmou que o país deseja participar na "investigação sobre a triste morte da jornalista Shireen Abu Aqleh".
"Os jornalistas devem ser protegidos nas zonas de conflito e temos a responsabilidade de chegar à verdade", acrescentou.
Porém, Hussein Al Sheikh, alto funcionário da administração palestina, afirmou que não houve contato da parte de Israel para uma investigação conjunta.
Palestinos jogaram flores na estrada durante a passagem do veículo que transportava o corpo de Abu Aqleh no norte da Cisjordânia.
O embaixador dos Estados Unidos em Israel, Tom Nides, tuitou que está "muito triste com a morte da jornalista americana e palestina Shireen Abu Aqleh" e pediu "uma investigação completa sobre as circunstâncias de sua morte".
Tensão
"Os jornalistas devem ser protegidos nas zonas de conflito e temos a responsabilidade de chegar à verdade", acrescentou.
Porém, Hussein Al Sheikh, alto funcionário da administração palestina, afirmou que não houve contato da parte de Israel para uma investigação conjunta.
Palestinos jogaram flores na estrada durante a passagem do veículo que transportava o corpo de Abu Aqleh no norte da Cisjordânia.
O embaixador dos Estados Unidos em Israel, Tom Nides, tuitou que está "muito triste com a morte da jornalista americana e palestina Shireen Abu Aqleh" e pediu "uma investigação completa sobre as circunstâncias de sua morte".
Tensão
A morte da jornalista aconteceu quase um ano depois de um ataque aéreo israelense que destruiu o edifício em Gaza onde ficavam os escritórios da Al Jazeera e da agência de notícias AP, durante a guerra contra o movimento islamita palestino Hamas.
Israel afirmou na época que a torre abrigava escritórios de membros importantes do Hamas, que governa a Faixa de Gaza, território sob bloqueio israelense.
Uma fonte do Hamas afirmou que a morte da jornalista oi um "assassinato premeditado".
A morte de Abu Aqleh ocorreu em um momento de grande tensão entre israelenses e palestinos. Desde 22 de março, Israel foi alvo de vários ataques, que provocaram as mortes de pelo menos 18 pessoas.
Dois ataques foram executados por árabes israelenses e quatro deles por palestinos, incluindo três jovens de Jenin, onde o exército israelense intensificou as operações nas últimas semanas.
Após os ataques contra Israel, 31 palestinos, incluindo os autores das agressões e um jovem de 18 anos nesta quarta-feira perto de Ramallah, morreram em ações das forças israelenses.
Thaer Khalil Al Yazuri faleceu depois de ser atingido por tiros no coração, na cidade de Al Birah, perto de Ramallah, afirmou o ministério palestino da Saúde em um comunicado. Procurado pela AFP, o exército israelense citou confrontos entre palestinos e soldados que "atiraram com balas de borracha".
Israel afirmou na época que a torre abrigava escritórios de membros importantes do Hamas, que governa a Faixa de Gaza, território sob bloqueio israelense.
Uma fonte do Hamas afirmou que a morte da jornalista oi um "assassinato premeditado".
A morte de Abu Aqleh ocorreu em um momento de grande tensão entre israelenses e palestinos. Desde 22 de março, Israel foi alvo de vários ataques, que provocaram as mortes de pelo menos 18 pessoas.
Dois ataques foram executados por árabes israelenses e quatro deles por palestinos, incluindo três jovens de Jenin, onde o exército israelense intensificou as operações nas últimas semanas.
Após os ataques contra Israel, 31 palestinos, incluindo os autores das agressões e um jovem de 18 anos nesta quarta-feira perto de Ramallah, morreram em ações das forças israelenses.
Thaer Khalil Al Yazuri faleceu depois de ser atingido por tiros no coração, na cidade de Al Birah, perto de Ramallah, afirmou o ministério palestino da Saúde em um comunicado. Procurado pela AFP, o exército israelense citou confrontos entre palestinos e soldados que "atiraram com balas de borracha".
Leia mais
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.