Publicado 15/05/2022 09:10
Estados Unidos - O atirador que deixou pelo menos 10 mortos em um supermercado na cidade de Buffalo, em Nova York, foi identificado. Payton Gendron tem 18 anos, é branco e, segundo informações oficiais, teria motivações raciais para cometer o crime. Ele é acusado de "morte com premeditação".
Segundo as autoridades judiciárias locais e a polícia, Payton usava capacete equipado com câmara para transmitir o seu crime ao vivo pela internet, colete à prova de balas e roupas de tipo militar. O ataque foi descrito como "terrorismo doméstico" pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden.
"Investigamos este incidente como um crime de ódio e um caso de violência extremista de motivação racial", declarou Stephen Belongia, agente especial do escritório do FBI em Buffalo, perto da fronteira com o Canadá. O presidente Joe Biden agradeceu pelo trabalho da polícia e dos serviços de emergência.
"Qualquer ato de terrorismo doméstico, incluindo um ato cometido em nome de uma repugnante ideologia de nacionalismo branco, é antitético a tudo o que defendemos nos Estados Unidos", afirmou em um comunicado.
O comissário de polícia de Buffalo, Joseph Gramaglia, informou que pelo menos 10 pessoas morreram e três ficaram feridas. Onze vítimas eram afro-americanas. O agressor disparou primeiro contra quatro pessoas no estacionamento do supermercado, três das quais morreram, e depois entrou na loja e continuou atirando, explicou o xerife da cidade no oeste do estado de Nova York.
Entre os mortos dentro do estabelecimento estava um policial aposentado que trabalhava como segurança e estava armado. O funcionário "confrontou o suspeito", mas o atirador - que estava protegido por um colete à prova de balas - o matou com seus disparos, disse Gramaglia.
Pura maldade
"Investigamos este incidente como um crime de ódio e um caso de violência extremista de motivação racial", declarou Stephen Belongia, agente especial do escritório do FBI em Buffalo, perto da fronteira com o Canadá. O presidente Joe Biden agradeceu pelo trabalho da polícia e dos serviços de emergência.
"Qualquer ato de terrorismo doméstico, incluindo um ato cometido em nome de uma repugnante ideologia de nacionalismo branco, é antitético a tudo o que defendemos nos Estados Unidos", afirmou em um comunicado.
O comissário de polícia de Buffalo, Joseph Gramaglia, informou que pelo menos 10 pessoas morreram e três ficaram feridas. Onze vítimas eram afro-americanas. O agressor disparou primeiro contra quatro pessoas no estacionamento do supermercado, três das quais morreram, e depois entrou na loja e continuou atirando, explicou o xerife da cidade no oeste do estado de Nova York.
Entre os mortos dentro do estabelecimento estava um policial aposentado que trabalhava como segurança e estava armado. O funcionário "confrontou o suspeito", mas o atirador - que estava protegido por um colete à prova de balas - o matou com seus disparos, disse Gramaglia.
Pura maldade
Quando a polícia chegou ao local, o atirador apontou a arma para si mesmo, na altura do pescoço, antes de se entregar às autoridades, ainda de acordo com Gramaglia.
Foi um ato de "pura maldade", disse John Garcia, xerife do condado de Erie, onde fica Buffalo. "É um crime racista e motivado pelo ódio", acrescentou.
A imprensa americana informou que as autoridades investigam um manifesto "de caráter racista" divulgado na internet, no qual o suspeito explicaria seus planos e motivações.
O jornal The New York Times afirma que o suspeito se "inspirou" em atos de supremacia branca, como o assassinato de 51 muçulmanos em mesquitas da cidade neozelandesa de Christchurch em 2019.
De acordo com o jornal local The Buffalo News, a arma semiautomática usada no tiroteio tinha epíteto racial e o número 14, símbolo da supremacia.
O promotor distrital do condado, John Flynn, disse que o suspeito usou uma "arma de ataque", mas não especificou o tipo.
O gabinete do promotor afirmou que o atirador foi detido sem direito a fiança e acusado por assassinato em primeiro grau, o que pode resultar em pena de prisão perpétua sem liberdade condicional.
Questionada pela imprensa se o agressor poderia enfrentar a pena de morte a nível federal, a procuradora do distrito oeste de Nova York, Trini Ross, respondeu: "Todas as opções estão na mesa".
Dia de grande dor
Foi um ato de "pura maldade", disse John Garcia, xerife do condado de Erie, onde fica Buffalo. "É um crime racista e motivado pelo ódio", acrescentou.
A imprensa americana informou que as autoridades investigam um manifesto "de caráter racista" divulgado na internet, no qual o suspeito explicaria seus planos e motivações.
O jornal The New York Times afirma que o suspeito se "inspirou" em atos de supremacia branca, como o assassinato de 51 muçulmanos em mesquitas da cidade neozelandesa de Christchurch em 2019.
De acordo com o jornal local The Buffalo News, a arma semiautomática usada no tiroteio tinha epíteto racial e o número 14, símbolo da supremacia.
O promotor distrital do condado, John Flynn, disse que o suspeito usou uma "arma de ataque", mas não especificou o tipo.
O gabinete do promotor afirmou que o atirador foi detido sem direito a fiança e acusado por assassinato em primeiro grau, o que pode resultar em pena de prisão perpétua sem liberdade condicional.
Questionada pela imprensa se o agressor poderia enfrentar a pena de morte a nível federal, a procuradora do distrito oeste de Nova York, Trini Ross, respondeu: "Todas as opções estão na mesa".
Dia de grande dor
O autor do tiroteio, que carregava uma câmera, começou a divulgar o crime pela plataforma Twitch, que se declarou "devastada" e prometeu "tolerância zero contra todas as formas de violência".
"Investigamos e confirmamos que menos de dois minutos após o início da violência retiramos as imagens transmitidas", afirmou um porta-voz do serviço de streaming.
"Estamos tomando todas as medidas apropriadas, incluindo a supervisão de qualquer conta que retransmita este conteúdo", acrescentou. Byron Brown, prefeito de Buffalo, disse que o atirador "viajou horas até a comunidade para cometer o crime".
"É um dia de grande dor para nossa comunidade", disse Brown. O tiroteio é o mais recente de motivação racial nos Estados Unidos. Em 2019, um homem branco armado viajou várias horas pelo Texas e matou 23 pessoas em um Walmart em El Paso, onde grande parte da população é hispânica.
Quatro anos antes, em Charleston, Carolina do Sul, um homem branco abriu fogo em uma igreja da comunidade afro-americana e matou nove pessoas. Nos dois casos, os atiradores publicaram manifestos de ódio antes de cometer os ataques.
No mês passado, um "franco-atirador" abriu fogo em um bairro de luxo de Washington, feriu quatro pessoas e depois cometeu suicídio. Apesar dos tiroteios fatais recorrentes e de uma onda de violência armada em todo o país, várias iniciativas para reformar as leis de armas fracassaram no Congresso dos Estados Unidos, deixando para estados e prefeituras a decisão de determinar as próprias restrições.
"Investigamos e confirmamos que menos de dois minutos após o início da violência retiramos as imagens transmitidas", afirmou um porta-voz do serviço de streaming.
"Estamos tomando todas as medidas apropriadas, incluindo a supervisão de qualquer conta que retransmita este conteúdo", acrescentou. Byron Brown, prefeito de Buffalo, disse que o atirador "viajou horas até a comunidade para cometer o crime".
"É um dia de grande dor para nossa comunidade", disse Brown. O tiroteio é o mais recente de motivação racial nos Estados Unidos. Em 2019, um homem branco armado viajou várias horas pelo Texas e matou 23 pessoas em um Walmart em El Paso, onde grande parte da população é hispânica.
Quatro anos antes, em Charleston, Carolina do Sul, um homem branco abriu fogo em uma igreja da comunidade afro-americana e matou nove pessoas. Nos dois casos, os atiradores publicaram manifestos de ódio antes de cometer os ataques.
No mês passado, um "franco-atirador" abriu fogo em um bairro de luxo de Washington, feriu quatro pessoas e depois cometeu suicídio. Apesar dos tiroteios fatais recorrentes e de uma onda de violência armada em todo o país, várias iniciativas para reformar as leis de armas fracassaram no Congresso dos Estados Unidos, deixando para estados e prefeituras a decisão de determinar as próprias restrições.
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